No ano de 2012, o Ministério Público de
Pernambuco (MPPE), através da Promotoria de Defesa da Cidadania de Caruaru, recomendou
a Secretaria Estadual de Pernambuco (SES/PE) que realizasse uma série de
reformas no Hospital Regional do Agreste (HRA), como também, acabasse com a prática
ilícita de contratação de trabalhadores de forma verbal, contrariando as normas da administração pública, como também, a legislação trabalhista.
Na época, o termo de autoria dos Promotores
Geovany de Sá Leite e Frederico Santos de Oliveira, da 4ª Promotoria de Justiça
local, listaram mais de 30 deficiências que, segundo documento, comprometia
o atendimento à população.
Dentre as deficiências, a superlotação
constante da unidade, a carência de profissionais de saúde, principalmente
médicos, e o número insuficiente de leitos, como também, a falta de um
atendimento humanizado aos pacientes e familiares, levaram os promotores a
exigir providências urgentes para que os problemas fossem resolvidos de imediato.


Além da situação de vexatório que vivem os
pacientes por causa da superlotação, muitos deles vivem amontoados pelos
corredores e em salas improvisadas, transformadas em enfermarias, sem estrutura
nenhuma para acomodá-los, pois não tem condicionador de ar e nem ventilação, nem
tão pouco existe banheiro sanitário, sem falar que ficam juntos, paciente dos sexo feminino e masculino, uma verdadeira situação de abandono.
A sala de telemedicina, destinada à
avaliação de eletrocardiogramas à distância, serviço contratado pelo HRA a uma
empresa localizada no estado da Bahia, que segundo comentários, o valor pago a
prestação deste serviço é estimado em R$ 400 mil reais mensal, simplesmente foi
desativada e transformada em enfermaria. A telemedicina está funcionando atualmente em um
dos consultórios médicos.
Outro descaso da gestão é,
também, com o patrimônio, as enfermarias que seriam destinadas a receberem pacientes cirurgiados, algumas delas estão com seus leitos desativados por causa
de várias infiltrações no teto, comprometendo a estrutura do física do prédio. O mesmo problema
se repete na unidade de terapia intensiva (UTI) e centro cirúrgico. Na UTI, três dos 20 leitos, também estão desativados por causas de infiltrações e no centro
cirúrgico, existem salas sem funcionar por causa do desabamento do teto.

No setor de raios x, o forro está sendo
sustentado por presilhas de ferro galvanizado improvisada, há risco de desabamento,
mas a gestão faz vista grossa para o problema.

Será que Bodocó ficará mais quatro anos a
frente do hospital? Alguns dos trabalhadores falam em fazer seguro de vida,
pois a qualquer momento poderá ocorrer uma fatalidade na unidade, graças ao
descaso e a irresponsabilidade dos que dirigem o HRA.
Fonte: A
Hora da Renovação
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