
Os
trabalhadores querem discutir as bases do acordo coletivo de trabalho. Eles não
aceitam a proposta apresentada pela Eletrobras ao fim da terceira rodada de
negociação, no último dia 4. “Não tem proposta de negociação, a partir do
momento em que ela [empresa] propõe perda de benefícios. Isso nós não
aceitamos”.
Os
funcionários pedem aumento salarial de 6,88%, calculado pelo Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mais 4,3%
referentes ao crescimento do mercado de energia no período. A Eletrobras,
entretanto, oferece reajuste de salários e de benefícios de 6,49%, correspondente
à reposição da inflação calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), do período de maio de 2012 a abril de 2013, além da concessão de três
cartelas de vale-refeição/alimentação.
“Ressaltamos
que a proposta reflete um esforço muito grande do governo federal e das
empresas Eletrobras, especialmente se considerarmos o cenário decorrente da
redução de tarifa de energia elétrica aos consumidores brasileiros e a
consequente necessidade do equilíbrio econômico-financeiro das empresas”, diz
nota da Eletrobras. Acrescenta que “a Eletrobras reafirma seu respeito ao
direito de greve, mas adotará medidas que garantam o fornecimento de energia
elétrica confiável e de qualidade a todos os brasileiros e, para isso, conta
com o apoio, empenho e alto grau de responsabilidade de seus empregados."
O
presidente do Sintergia-RJ disse que paralisação não oferece riscos ao sistema
elétrico. “Os riscos, se houver, são aqueles naturais do sistema elétrico, não
por conta de alguma posição tomada por nós”, disse.
Os
funcionários da Eletrobras decidiram fazer uma passeata pela Avenida Rio
Branco, no centro do Rio de Janeiro, na próxima quinta-feira (18).
Fonte: Agência Brasil
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