terça-feira, 19 de agosto de 2014

'Não posso ficar preocupada com qualquer pessoa', diz Dilma

Líder das pesquisas eleitorais, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (19), ao ser questionada em Rondônia sobre o provável ingresso da ex-senadora Marina Silva na disputa pelo Palácio do Planalto, que ela não pode ficar "preocupada com qualquer pessoa". Em entrevista coletiva no canteiro de obras da usina hidrelétrica de Santo Antônio, a petista ressaltou que é direito de qualquer brasileiro disputar um cargo público e que ela está preocupada apenas em fazer sua campanha. 
Na chamada "agenda casada", na qual concilia compromissos oficiais com atos de campanha eleitoral, Dilma vistoriou nesta terça as obras das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia. Os empreendimentos hidrelétricos integram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
"Eu vou fazer a minha campanha. Tenho muito o que mostrar. Eu não posso ficar preocupada com qualquer pessoa ou com o que ela queira fazer. É direito das pessoas concorrerem. E é meu direito, agora, aproveitar esse período que vou ter e apresentar as obras que estamos fazendo", comentou a presidente da República.
Marina Silva foi escolhida para ser a candidata do PSB à Presidência da República no lugar de Eduardo Campos, morto em acidente de avião na última quarta-feira (13). A escolha será anunciada oficialmente na próxima quarta (20).
Em pesquisa feita pelo Instituto Datafolha e divulgada nesta segunda-feira (18), Marina Silva aparece em segundo lugar nas intenções de voto para presidente, com 21%, empatada tecnicamente com o candidato do PSDB, Aécio Neves (20%). No levantamento anterior do Datafolha, o então candidato do PSB, Eduardo Campos, aparecia com 8%, atrás de Aécio, que tinha os mesmos 20%.
Nas duas pesquisas, a presidente Dilma aparece com 36% das intenções de voto. A pesquisa também mostra que em um eventual segundo turno, Marina e Dilma largariam em situação de empate técnico: 47% a 43%, respectivamente.

Fonte: G1

Aécio diz que, se eleito, avançará na desapropriação na questão indígena

O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou nesta terça-feira (19) que vai avançar na desapropriação de terras para solução do conflito entre indígenas e produtores rurais caso seja eleito. Declaração do presidenciável foi dada em entrevista coletiva durante visita a Dourados, a 214 quilômetros de Campo Grande.
“Vamos buscar a paz no campo, que não será alcançada com a omissão do governo. Vamos avançar na desapropriação de terras”, declarou o tucano. Questionado sobre como faria isso, Aécio disse que vai conversar com a Fundação Nacional do Índio (Funai) e incluir a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no processo.
Ainda sobre o campo, o peessedebista destacou que é preciso mais investimentos em logística e infraestrutura, com melhorias nas estradas, hidrovias e ferrovias, pois “da porteira para dentro, existe uma excelência”.
Sobre segurança pública, o candidato do PSDB frisou que a região de fronteira necessita de mais investimentos. “Temos que equipar mais a Polícia Federal. O Ministério da Justiça passará a ser o Ministério da Segurança Pública e da Justiça. Os recursos do Fundo Penitenciário Nacional e do Fundo de Segurança Pública serão usados, não serão contingenciados”, afirmou.
Aécio pontuou ainda que tem “um projeto para o Brasil […] que possa fortalecer os municípios.”
Agenda
O presidenciável participa de ato de campanha em Dourados com o candidato tucano ao governo de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, com o candidato ao Senado Antônio João (PSD) e com candidatos a deputado.
A visita começou na Associação Comercial e Empresarial de Dourados (ACED), onde Aécio deu entrevista coletiva e conversou com empresários. Depois, o candidato participa de carreata pelas principais ruas da cidade e faz caminhada em uma praça. O ato político termina com uma reunião de apresentação de propostas no Clube Nipônico Sede Campo.
Fonte: G1

Políticos e amigos participam de missa de 7º dia de Eduardo Campos na Catedral

A ex-senadora Marina Silva - escolhida, mas ainda não oficializada, candidata do PSB à Presidência no lugar de Eduardo Campos - apelou, na manhã desta terça-feira (19/9), para que o “esforço” do pernambucano morto na semana passada pela “renovação política” seja seu legado à sociedade brasileira. Marina tenta se colocar como alternativa entre a polarização entre PT e PSDB. A ex-senadora deu a declaração à imprensa depois de missa de sétimo dia, na Catedral de Brasília, organizada pelo PSB.
“Neste momento nosso esforço, independente de partidos, é de que todo seu esforço, sua trajetória, sua insistência em renovar a politica não seja tratado como uma herança onde cada um pega um fragmento do desposo, mas como um legado que quanto mais pessoas puderam apropriar dele maior ele fica, porque se multiplica no coração, nas mentes e na ação daqueles que não desistem de que esse mundo possa ser socialmente justo, economicamente próspero, culturalmente diverso, politicamente democrático e ambientalmente sustentável”, disse Marina.
A missa foi prestigiada por políticos de diferentes partidos, como o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB); o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho (PT); e o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), além de peesebistas. Na entrevista, Marina não comentou sua provável candidatura no lugar de Eduardo, nem quem seria seu vice. O partido vai anunciar os nomes oficialmente amanhã. Entre os mais cotados para ser vice, está o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), que tem a seu favor ter sido grande aliado de Eduardo e ser nome tradicional do partido.
Marina lamentou o fato de as ideias de Eduardo só terem tido grande visibilidade depois de seu morte. “Que bom que revelaram seus ideais. Que pena que para revelarem foi ao preço de tamanho sacrifício e de tamanha perda”, disse a ex-senadora. Ela acrescentou que Eduardo não se abateu com críticas. “Um homem que mesmo diante da descrença do seu compromisso de que ia trabalhar para renovar a política, não se rendeu às críticas e continuou com sua bandeira empunhada e até o último momento pediu para que não desistissemos de lutar pelo Brasil.”
Fonte: Correio Braziliense

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Datafolha aponta empate técnico entre Marina Silva e Aécio Neves

A primeira pesquisa Datafolha sobre a corrida presidencial, realizada depois da morte do presidenciável Eduardo Campos (PSB), foi publicada nesta segunda-feira (18) e aponta a presidenta Dilma Rousseff com 36% das intenções de voto. Os dados apontam que, em um cenário com Marina Silva ocupando a vaga deixada por Campos, que deve se confirmar oficialmente até quarta-feira (20), a ex-senadora aparece com 21% das intenções de voto, seguida pelo candidato do PSDB, Aécio Neves com 20%. Nesta simulação, Marina e Aécio aparecem em empate técnico na segunda colocação e devem disputar uma das vaga para o segundo turno.
Entre os demais candidatos, o Pastor Everaldo (PSC) soma 3% das intenções de voto. Zé Maria (PSTU) e Eduardo Jorge (PV) aparecem com 1%. Luciana Genro (PSOL), Rui Costa Pimenta (PCO), Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB) e Mauro Iasi (PCB) não pontuaram.
Na simulação com Marina como candidata, os números de voto nulo ou em branco caíram 5%. Na última pesquisa, ainda com Campos, esse grupo somava 13% e, agora, recuou para 8%. Indecisos eram 14%, caindo para 9% nesta pesquisa.
O Datafolha também ouviu eleitores em um cenário sem nomes para substituir Campos. Nessa simulação, Dilma tem 41% das intenções de voto, Aécio aparece com 25%, Pastor Everaldo com 4%; Zé Maria, Eduardo Jorge, Luciana Genro e Rui Costa Pimenta somam 1% cada. Brancos e nulos somam 13% e indecisos 12%.
Na resposta espontânea, em que a intenção de voto é declarada sem a sugestão de nomes, a presidente Dilma lidera com 24%, Aécio aparece com 11% e Marina com 5%. Na última pesquisa, a candidata do PT tinha 22%, contra 9% do tucano.
Na última pesquisa divulgada pelo Datafolha em meados de julho, quando Campos era o candidato do PSB, Dilma tinha 36% das intenções de voto diante de 20% de Aécio e 8% de Campos. O Pastor Everaldo (PSC) aparecia com 3%. José Maria (PSTU), Eduardo Jorge (PV), Luciana Genro, Rui Costa Pimenta (PCO) e Eymael (PSDC) tinham 1% cada. Levy Fidelix (PRTB) e Mauro Iasi (PCB) não pontuavam. Brancos e nulos somavam 13% e indecisos, 14%.
O levantamento Datafolha foi realizado entre 14 e 15 de agosto, com 2.843 eleitores em 176 municípios do País. A pesquisa está registrada no TSE sob o protocolo BR-00386/2014, tem margem de erro máxima de 2 pontos porcentuais e nível de confiança de 95%.

Fonte: Agência brasil

PSB consultará Renata Campos sobre vice-candidatura nesta tarde

O PSB consultará nesta tarde (18/8) a viúva de Eduardo Campos, Renata Campos, sobre a possibildade de ela sair candidata à vice-presidente em uma chapa encabeçada por Marina Silva. As candidaturas serão anunciadas pela liderança nacional do partido na quarta-feira. Em reunião na manhã desta segunda-feira, o novo presidente do PSB, Roberto Amaral, afirmou que Renata "depois de Miguel Arraes e Eduardo Campos, é a maior liderança do partido".
No encontro com militantes, na casa de recepções Blue Angel, Renata aproveitou para reafirmar a convicção na candidadura estadual de Paulo Câmara (PSB), ao governo; Raul Henry (PMDB), a vice; e Fernando Bezerra Coelho (PSB), ao Senado.
Ao ler seu discurso, que durou cerca de quatro minutos, por meio de um texto escrito no celular, Renata, que comemora 47 anos hoje, afirmou que, no momento, a prioridade é eleger o trio, como era desejado pelo seu marido, que foi sepultado nesse domingo (17/8), após morrer em um acidente aéreo na cidade de Santos (SP), na quarta-feira da semana passada.
"Pode parecer que nosso maior guerreiro não está na luta. Mas seu sonho está entre nós", disse Renata, que, ao ler trechos do texto era salvada com palmas da plateia composta por militantes socialistas e partidários das demais 20 legendas que compõem a Frente Popular de Pernambuco. "Fique tranquilo, Dudu, teremos sua coragem para mudar o Brasil", completou Renata. 
Apesar do coro que vinha da plateia pedindo "Renata vice", o tom do discurso dela foi inteiramente local. Disse que a reunião tinha sido marcada anteriormente pelo próprio marido e apenas deu prosseguimento ao compromisso dele de realizar esse evento.
Liderança
O presidente nacional do partido em exercício, Roberto Amaral, foi o primeiro a discursar. Ele fez questão de destacar a importância de Renata nas decisões do partido. A viúva era conhecida, nos bastidores, como conselheira do marido. “Eduardo sempre pediu que Renata estivesse presente no partido”, disse o dirigente, quando a militância, que lota o espaço, pediu que a ex-primeira-dama de Pernambuco assumisse o posto de vice.
Várias lideranças políticas estão no evento, entre elas o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB) e o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, o deputado Guilherme Uchôa (PDT). O PSB deve anunciar a nova chapa presidencial nesta quarta-feira (20). Além de Marina como candidata a presidente, são cotados como vice os deputados Julio Delgado (MG) e Beto Albuquerque (RS).

Fonte: Correio Braziliense

Viúva de Campos diz em ato do PSB que atuará 'por dois' na campanha

A viúva de Eduardo Campos, Renata Campos, discursou nesta segunda-feira (18) em ato do PSB no Recife, mas não disse se integrará como vice a chapa encabeçada pela ex-senadora Marina Silva, vice de Campos que vai substituí-lo como candidata a presidente. Segundo o presidente do PSB, Roberto Amaral, Renata Campos será "o que quiser", mas, de acordo com familiares, ela "resiste" à ideia de ser vice.
Renata Campos leu no celular um discurso que durou pouco mais de um minuto e afirmou que agora vai participar da campanha eleitoral "por dois". Foi a primeira declaração pública da viúva após a morte do marido. O evento do PSB, que durou pouco mais de uma hora, foi realizado em um centro de eventos no Recife como forma de convocar a militância a se engajar nas campanhas de Paulo Câmara, para governador de Pernambuco, e de Fernando Bezerra Coelho para senador.
"Gostaria de agradecer. Devem estar pensando 'Renata, aqui, hoje?'. Eu estava com ele [Eduardo Campos] quando pediu a realização da reunião. Depois da tragédia, Sileno [Guedes, presidente do PSB estadual] me perguntou 'E agora?' E eu disse 'Mantém tudo como ele queria'. Eu, como participei a vida toda de campanhas, não será diferente nessa. Tenho a impressão que tenho que participar por dois."
Nesta segunda-feira, um dia depois do enterro do marido,  Renata completa 47 anos. Ela é mãe dos cinco filhos de  Eduardo Campos, o mais novo com menos de sete meses. Ela chegou ao evento do PSB cercada dos filhos e do irmão de Eduardo Campos, Antônio Campos. Ela pediu votos para os candidatos apoiados pelo marido.
Renata Campos disse que os sonhos de Eduardo Campos estarão "sempre vivos". "Pode parecer que nosso maior guerreiro não está na luta, mas seus sonhos estarão sempre vivos em nós. Fique tranquilo, Eduardo. Teremos a sua coragem para cuidar do Brasil." E se despediu dos militantes com "um beijo grande".
Renata pode ser 'o que quiser'
Mais cedo, ao chegar ao evento, o presidente em exercício do PSB, Roberto Amaral, falou ao chegar no ato e voltou a afirmar que Renata Campos será "o que  quiser" dentro do partido, mas negou que já tenha  conversado com a viúva sobre a candidatura a vice. Segundo ele, nenhuma decisão será tomada sem consultar Marina e Renata.
"Ela [Renata] vai ser o que quiser no partido. Nós não faremos nada antes de conversar com a Marina e com a  Renata", declarou. Amaral se irritou ao ser questionado sobre informações de que ele próprio não queria a candidatura de Marina Silva. "[Isso] só parte de idiotas."
Durante o evento, em discurso para a militância, ele afirmou que Eduardo Campos deixa "vazio enorme" e que o Brasil perdeu um "jovem estadista".
"Todos nós choramos por Eduardo e estamos chorando a pobreza do nosso país. A política perde. É um vazio enorme  e que não será substituído nem por quem vier a ser a nossa candidata."
Foi exibido um vídeo com declarações de Eduardo Campos, no qual o ex-governador disse  que um dos ideais era continuar o trabalho  do avô, Miguel Arraes, e acabar com a pobreza no país. Campos pede, no vídeo, votos para Paulo Câmara, candidato ao governo de Pernambuco pelo PSB.
Apoio a Renata
O presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, disse que Renata Campos terá o papel de "aglutinar" o partido após a  morte do marido. Segundo ele, não há nenhuma definição sobre se ela será ou não candidata a vice de Marina. Em conversas com familiares, ela tem resistido à ideia de ser candidata.
"Renata sempre teve papel importante nas campanhas políticas. Agora Renata terá papel mais importante, nos aglutinar e garantir à militância que o legado de Eduardo vai continuar."
O candidato ao Senado pelo PSB Fernando Bezerra Coelho também elogiou Renata. "Eu sabia que você era forte, só não sabia que era tão forte."

Fonte: G1

PSB escolhe Marina Silva para ser candidata no lugar de Campos

Marina Silva foi escolhida para ser a candidata do PSB à Presidência da República no lugar de Eduardo Campos, morto em acidente de avião na última quarta-feira (13). A escolha será anunciada oficialmente na próxima quarta (20).
Marina chegou ao Recife na tarde deste sábado (16) para acompanhar o velório de Campos, que acontece no Palácio das Princesas. À noite, ela visitou familiares do ex-governador de Pernambuco. Ela não comentou sobre o assunto.
Durante o voo, Marina falou em "senso de responsabilidade e compromisso com o que a perda de Eduardo nos impõe", conforme reportagem do jornal O Globo.
Líderes do PSB se reuniram na noite de sexta (15) em um hotel de São Paulo para conversar sobre a candidatura. Entre eles, estavam o presidente do partido, Roberto Amaral, o governador de Pernambuco, João Lyra, e os deputados federais, Júlio Delgado (MG) e Márcio França (SP).
Mais cedo, eles estiveram com Marina, também na capital paulista, e receberam dela o aval para a candidatura.
Ao saírem da reunião de dirigentes, já na madrugada deste sábado, integrantes do PSB confirmavam que, apesar do anúncio oficial ser feito na quarta (20), o nome de Marina já era dado como certo, com um vice na chapa que deve ser um integrante do partido, e não de uma sigla aliada.
Marina
A ex-senadora, que  era vice na chapa de encabeçada por Campos, se filiou ao PSB em outubro de 2013 depois que seu partido, a Rede Sustentabilidade, não conseguiu registro no Tribunal Superior Eleitoral para disputar as eleições deste ano.
Neste dias após a morte de Campos, ela não tem falado publicamente sobre política e não fez comentários sobre assumir ou não a vaga de candidata.

Fonte: G1

domingo, 17 de agosto de 2014

Sob aplausos, corpo de Eduardo Campos é enterrado em Recife

Após cortejo que durou mais de duas horas pelo Centro Histórico de Recife, o corpo de Eduardo Campos foi enterrado sob aplausos pouco depois das 18h30min no cemitério de Santo Amaro.
Os restos mortais do presidenciável, morto em acidente aéreo, foram colocados no jazigo da família, mesmo local onde foi enterrado o avô Miguel Arraes. A cerimônia foi acompanhada por uma multidão, e pessoas chegaram a se aglomerar em cima de árvores, sobre túmulos e alamedas para assistir ao enterro.
Ao chegar no local, o caixão foi recebido por fogos de artifício, palmas e gritos. Antes do enterro, foram entoadas as palavras: "Eduardo guerreiro do povo brasileiro". A cerimônia ainda foi antecedida por toque de clarinete e seguida por estouros de foguetes que duraram mais de 10 minutos e iluminaram o céu de Recife.
Próximos à cova, estavam apenas familiares e amigos. Houve chuva de flores. O último adeus ao pai, irmão, filho, tio, neto, sobrinho foi observado atentamente pela multidão, que gritava pedindo justiça e que as causas do acidente sejam esclarecidas. A esposa, Renata Campos, quatro dos cinco filhos do casal, a mãe, Ana Arraes, que estiveram ao lado do caixão desde a madruga quando foi trazido de São Paulo, e o irmão, Antônio Campos estavam entre os mais emocionados.
Inicialmente, a expectativa era que a cerimônia ocorresse às 17h. Porém, apenas às 16h45min o caixão deixou o Palácio do Campo das Princesas — onde foi realizado o velório — em um caminhão do Corpo de Bombeiros e seguiu em cortejo de dois quilômetros até o cemitério. 
Coroas de flores e cartazes com fotos de Campos e os dizeres "grande como o Brasil, forte como Pernambuco" foram espalhados pelo cemitério. O governo do Estado calcula que 160 mil pessoas tenham passado pela sede do governo desde as primeiras horas deste domingo.
Filhos de Campos usaram chapéus de palha, em uma referência à política do bisavô Miguel Arraes, em programa que empregava canavieiros no período da entressafra na construção de pequenas obras públicas.
O enterro ocorreu mais de cem horas depois do acidente que tirou a vida de Campos. Desde então, o cemitério passou por reparos para abrigar o ex-governador. Caravanas saíram do interior de Recife para acompanhar a cerimônia.
— Viemos prestar nossa solidariedade e agradecer tudo de bom que ele fez pela gente — disse Mikaela Kalina, 26 anos, que saiu da cidade de Ribeirão, a aproximadamente 100 quilômetro do Recife. Com ela, mais 300 pessoas foram à cidade na caravana de oito ônibus.
O auxiliar de serviços gerais José Fernando de Souza, que há mais de 40 anos trabalha no cemitério, disse que nunca tinha presenciado movimentação tão intensa em um sepultamento.
Com o sepultamento, o PSB busca unidade em torno do nome de Marina Silva para prosseguir na disputa à Presidência da República.

Fonte: Zero Hora

Corpo de Eduardo Campos é enterrado em Recife

Quatro dias após o trágico acidente com um jatinho em Santos (SP), foi enterrado em Recife (PE) às 19h deste domingo (17) o corpo do ex-governador de Pernambuco e candidato à presidência, Eduardo Campos. O sepultamento estava marcado para as 17h, mas o cortejo até o cemitério de Santo Amaro atrasou. O funeral do político começou no fim da noite de ontem, quando os restos mortais dele chegaram à Base Aérea de Recife. Em seguida, o caixão percorreu, em carro aberto, diversas regiões da cidade.
Hoje, mais de 100 mil pessoas foram às ruas para prestar a última homenagem a ele. Pela manhã, autoridades estiveram no Palácio do Campo das Princesas para o velório. Foi realizada uma cerimônia religiosa por volta das 10h. A presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros, governadores, prefeitos e outros políticos estiveram presentes.
Por volta das 16h30, o caixão de Eduardo Campos seguiu em carro aberto em um cortejo de aproximadamente 2 km, até o cemitério de Santo Amaro. Ele foi sepultado junto com o avô, Miguel Arraes — que também já governou o Estado e morreu em 2005, exatamente no mesmo dia que o neto: 13 de agosto —, e do tio, Carlos Augusto Arraes de Alencar.
Junto com o corpo, no caminhão, estavam quatro dos cinco filhos de Eduardo Campos, a viúva Renata Campos, a mãe dele, Ana Arraes, e também a candidata a vice na chapa, Marina Silva. Assim como no cortejo, milhares de pessoas tomaram o cemitério de Santo Amaro para acompanhar de perto o enterro. Renata e os filhos vestiam uma camiseta branca com a frase “não vamos desistir do Brasil”, a mesma dita pelo candidato em uma entrevista, no dia anterior à morte. 
Dois filhos de Eduardo (João e Pedro) ajudaram a carregar o caixão no cemitério. Eles usavam chapéus de palha, uma espécie de símbolo da família Arraes e uma forma de homenagear o pai e o bisavô. Antes que o corpo descesse, Renata e os quatro filhos se aproximaram para o último adeus. O caçula, Miguel, de sete meses, não estava no enterro.
Durante cerca de vinte minutos uma rajada de fogos de artifício homenageou o político. O filho João puxou o grito: "Eduardo, guerreiro do povo brasileiro", repetido por quem estava no cemitério. O hino nacional também foi cantado durante o sepultamento.
Campos foi o último dos seis mortos no acidente a ser sepultado. Durante a tarde, foram enterrados: o piloto e o copiloto, em Maringá (PR) e Governador Valadares (MG), respectivamente; o assessor de imprensa Carlos Augusto Ramos Leal Filho, foi enterrado em Recife; e o cinegrafista Marcelo Lyra, em Paulista (PE), mesmo local onde o fotógrafo Alexandre Severo será cremado. O sepultamento do assessor político Pedro Valadares foi feito em Aracaju (SE).
O acidente
A trágica morte de Eduardo Campos e de outras seis pessoas parou a campanha desde quarta-feira (13). O horário eleitoral na TV e no rádio começa na terça-feira (19). O PSB tem até o dia 23 para definir quem irá compor a nova chapa. Marina Silva já é certa como a nova candidata à presidência. Resta o nome do vice. O partido se reunirá na quarta-feira (20), em Brasília, para oficializar a decisão.
Na manhã de quarta-feira, o jatinho com o candidato decolou do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino à Base Aérea de Santos, no litoral de São Paulo. Ele cumpriria agenda de campanha na região e à tarde gravaria programas eleitorais na capital paulista.
O tempo estava fechado e chuvoso na hora em que o jatinho chegou ao aeroporto. A última comunicação do piloto com o controle aéreo foi para comunicar que ele iria arremeter o pouso. A voz dele era tranquila. Logo após esse contato, a aeronave caiu em um bairro residencial da cidade.
Dez pessoas ficaram feridas, sem gravidade. Algumas pessoas relataram que viram a aeronave em chamas, antes de cair. A força do impacto abriu uma cratera no chão. Os trabalhos do Corpo de Bombeiros, de peritos e da Força Aérea no local duraram três dias. As causas do acidente são investigadas pela Polícia Federal e pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos). 

Fonte: Portal R7

Com cerimônia comovente, velório de Eduardo Campos leva milhares às ruas de Recife

A cerimônia religiosa realizada neste domingo (17) durante o velório do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, no Recife, levou milhares de pessoas para os arredores do Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual.
Além de Campos, são velados no local o assessor de imprensa Carlos Augusto Leal Filho, mais conhecido como Carlos Percol, e o fotógrafo Alexandre Severo, que estavam no jatinho acidentado em Santos na manhã de quarta-feira (13). A tragédia vitimou ao todo sete pessoas.
A missa celebrada pelo arcebispo de Olinda e Recife Dom Fernando Saburido durou cerca de uma hora e meia e contou com diversas autoridades políticas de todo o País, entre elas os adversários de Campos na corrida ao Palácio do Planalto, o senador Aécio Neves (PSDB) e a presidente Dilma Rousseff (PT). O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também esteve no local. Todos eles saíram sem falar com a imprensa.
A trágica morte foi lembrada algumas vezes pelo religioso, que falou em “chamado de Deus” ao comentar o acidente. A viúva Renata Campos esteve ao lado do caixão do marido durante toda a cerimônia, com o filho caçula Miguel no colo na maior parte do tempo.
A ex-senadora Marina Silva, candidata à vice na chapa de Campos e que deve agora encabeçar a coligação, sentou-se ao lado de Renata durante a cerimônia, assim como Dona Madalena Arraes, mulher do falecido Miguel Arraes, avô de Campos e ex-governador de Pernambuco.
O palco montado à frente do palácio ficou completamente tomado por mais de 200 pessoas, entre amigos e familiares das vítimas, políticos e também alguns populares que conseguiram entrar na área reservada.
Ao término da cerimônia, Lula e Dilma se aproximaram da família e abraçaram a viúva. Lula deu ainda um longo abraço em Marina Silva. Eles foram seguidos por Aécio Neves e o ex-governador de São Paulo José Serra.
Na saída do velório, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) afirmou que a morte de Campos foi “uma tragédia nacional”.
— Leva muitas décadas até se formar um grande quadro [político]. Por um lado a frustração pela perda de um quadro, por outro, reconhecimento pelo mérito que ele tem. Quantos outros eventos na história do Brasil, a morte de um quadro político gerou um trauma como esse? Não lembro.
Buarque disse ainda que ficou muito impressionado com o filho mais velho de Eduardo Campos, João Campos, de apenas 21 anos.
— Fiquei muito impressionado quando encontrei com ele. Ele disse: “precisamos continuar com os ideais do meu pai”.
Ao final da cerimônia religiosa, o público entoou mais uma vez o coro de “Eduardo guerreiro do povo brasileiro”. Gritaram também por “justiça”.
O corpo de Eduardo seguirá no local até as 16h, quando sairá em carro do Corpo de Bombeiros em um cortejo que será seguido a pé pela multidão até o cemitério Santo Amaro, num trajeto de apenas 2 km. As urnas com os restos mortais de Carlos Percol e Alexandre Severo deixaram o velório pouco antes das 13h.

Fonte: Portal R7

sábado, 16 de agosto de 2014

Mais de 100 mil pessoas acompanharam em cortejo o caixão com o corpo de Eduardo Campos até o Palácio

O avião da FAB trazendo os corpos pousou no Recife por volta das 23h. Uma comitiva com família, políticos e amigos do ex-governador pernambucano aguardava a saída dos caixões na pista da Base Aérea. Usando camisetas amarelas estampadas com a frase "Não vamos desistir do Brasil", os filhos de Eduardo Campos ajudaram a carregar o caixão com corpo do pai. A viúva Renata Campos, o governador João Lyra Neto, e a ex-senadora Marina Silva -- cujo nome foi confirmado como candidata do PSB à presidência, no lugar de Campos -- também acompanharam a chegada dos caixões.
O caixão de Eduardo Campos foi colocado em uma viatura do Corpo de Bombeiros; os do assessor de imprensa Carlos Percol e do fotógrafo Alexandre Severo foram para outro caminhão da corporação. O caixão com o corpo do cinegrafista Marcelo Lyra foi levado em um carro de uma funerária e seguiu para o Cemitério Morada da Paz, em Paulista, Grande Recife. A família dele preferiu ter uma cerimônia reservada aos parentes e amigos.
Os caminhões do Corpo de Bombeiros que trouxeram os caixões foram acompanhados desde a Base Aérea, na Zona Sul da cidade, até o Palácio, que fica na área central da capital, por um longo cortejo, com centenas de motoristas e motociclistas. Nos viadutos localizados no entorno do Aeroporto Internacional do Recife, as faixas foram tomadas por carros. Além da fila de veículos, muitos motoristas desceram de seus carros para aplaudir a passagem das viaturas. Em vários momentos, as quatro faixas da Avenida Mascarenhas de Morais, no sentido subúrbio-Centro, ficaram completamente ocupadas pelos veículos que acompanhavam o cortejo.
A uma velocidade média de 20 km/h, os carros que levavam os caixões passaram por dez bairros do Recife, em uma espécie de última visita, de despedida mesmo. Sem se preocupar com a hora, a população da cidade correspondeu: em todos os bairros, as pessoas se aglomeravam nas calçadas e cruzamentos, saudando a passagem dos veículos, sacudindo bandeiras do Brasil e de Pernambuco e acenando para os filhos de Eduardo Campos, que retribuíram, respeitosamente. Depois de aproximadamente duas horas, o cortejo chegou ao Palácio do Campo das Princesas.
O percurso feito pelo cortejo foi: base aérea, Rua Maria Irene, Avenida Mascarenhas de Moraes, Ponte Motocolombó, Largo da Paz, Avenida Sul, Rua Nicolau Pereira, Estrada dos Remédios, Avenida Visconde de Albuquerque, Rua José Bonifácio, Rua Cônego Barata, Avenida Norte Miguel Arraes de Alencar, Avenida Cruz Cabugá, Rua do Hospício, Rua Princesa Isabel, Praça da República, Palácio do Campo das Princesas. A partir da Rua do Hospício, os batedores que acompanharam todo o trajeto deram lugar à cavalaria da Polícia Militar.
A Praça da República, em frente ao Palácio das Princesas, recebeu homenagens para Campos e as demais vítimas desde cedo, com pessoas deixando flores e coroas na entrada do prédio e também fixando cartazes e fotos com mensagens para o ex-governador. Já durante a noite, segmentos organizados do PSB fizeram caminhada da sede do partido, no bairro do Espinheiro, Zona Norte, até o Palácio. Eles passaram pelos bairros da Boa Vista, Santo Amato e Santo Antônio. Pelos menos 300 pessoas participaram da romaria. “Vamos ficar em vigília, até o corpo [de Campos] chegar, para prestar nossa última homenagem ao nosso líder maior”, disse o presidente do segmento juventude do PSB, Israel Vasconcelos.
Enterro
Os sepultamentos de Eduardo Campos e de Percol serão no cemitério de Santo Amaro, na área central do Recife. O de Lyra será sepultado no setor 2, quadra 2, lote 34 do Morada da Paz, de acordo com um amigo da vítima. Após a missa campal no Palácio das Princesas, prevista para começar às 10h, o corpo de Alexandre Severo também será levado para o Morada da Paz, para a capela 4. O fotógrafo será cremado no local.
O corpo do ex-deputado federal e assessor de Campos Pedro Almeida Valadares Neto, conhecido como Pedrinho Valadares, de 48 anos, será sepultado em Aracaju (SE).
Acidente
Além do ex-governador Eduardo Campos, asoutras vítimas do acidente foram os fotógrafos pernambucanos Alexandre Severo e Marcelo Lyra; o  jornalista e assessor de imprensa Carlos Percol; Pedro Almeida Valadares Neto, assessor de campanha e ex-deputado federal; e os pilotos Geraldo Magela Barbosa da Cunha e Marcos Martins.
O acidente que matou Eduardo Campos aconteceu em Santos, SP, na manhã da quarta-feira (13). O jato particular caiu sobre um bairro residencial. Chovia no momento da queda. A Aeronáutica vai apurar as causas da queda do avião. Em paralelo, a Polícia Civil também investiga o caso para buscar possíveis responsáveis.

Fonte: G1 Pernambuco

Sob aplausos, corpo de Campos chega ao Recife

Os restos mortais do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos chegaram ao Recife na noite deste sábado. O avião Hércules da força aérea brasileira pousou às 23:05, trazendo o corpo de Campos e de outros quatro assessores que também morreram no acidente: Carlos Augusto Leal Filho, Alexandre Severo, Marcelo Lyra e Pedro Valadares.
Às 23:15, o corpo de Campos foi o primeiro a deixar a aeronave. Com uma bandeira de Pernambuco, o caixão foi carregado pelos dois filhos homens mais velhos do ex-governador, João e Pedro. João Lyra Neto, governador do Estado, também ajudou a conduzir os restos mortais até o caminhão do Corpo de Bombeiros.
As vítimas foram recebidas com aplausos por familiares, membros do partido e amigos. Os cinco filhos de Campos foram ao local, acompanhados pela mãe, Renata Campos. Ana Arraes, mãe de Campos, Guel Arraes (tio) e Marina Silva também acompanharam a chegada. Familiares das outras vítimas estão no local.
O cortejo começou por volta da meia-noite. No caminhão de Bombeiros, os três filhos mais velhos, Maria Eduarda, Pedro e João, exibiram os punhos cerrados em riste. Na lateral do veículo, uma faixa amarela trazia a frase escrita em verde "Não vamos desistir do Brasil, Eduardo Campos." Eles foram recebidos por aplausos de moradores.

Fonte: Veja

Marina chega à casa da família de Eduardo Campos

Marina Silva chegou há pouco à casa da família de Eduardo Campos, no Recife. Ela estava acompanhada por Walter Feldman (PSB-SP), Miro Teixeira (PROS-RJ), Pedro Ivo (assessor de Marina), o ambientalista João Paulo Capobianco, a candidata ao Senado Heloisa Helena (PSOL-AL), o vereador Ricardo Young (PPS-SP) e a socióloga Maria Alice Setúbal.
A ex-senadora veio ao Recife para se encontrar com a viúva Renata Campos e para participar do velório e do enterro do companheiro de chapa.
Ao chegar, ela evitou falar com a imprensa. Pouco antes, o presidente do PSB, Roberto Amaral, disse que, por enquanto, não há outra opção de nome para substituir Eduardo Campos a não ser o de Marina. O partido deve anunciar a nova chapa na quarta-feira (20).

Fonte: Agência Brasil