quinta-feira, 24 de setembro de 2015

HRA - Novo diretor geral poderá ser um conselheiro do CREMEPE




Dr. Giovani Thiago Cardoso de Souza - CREMEPE
A notícia veiculada nas redes sociais sobre a exoneração do diretor geral do Hospital Regional do Agreste (HRA), José Bezerra Alves, pegou muita gente de surpresa, pois muitas delas já não acreditavam mais que fosse ocorrer qualquer mudança na unidade.
O tema das conversas nos bastidores durante toda quarta-feira (23), foi a saída do Bodocó, porém o que foi mais questionado foi de quem assumiria o cargo e se o novo diretor iria promover alguma mudança, haja vista que com a saída do Bezerra, sua equipe, automaticamente será obrigada a colocar seus cargos a disposição da nova gestão.
Segundo informações de bastidores, o membro conselheiro do Conselho de Medicina de Pernambuco (CREMEPE), Giovani Thiago Cardoso de Souza, cirurgião vascular, já foi contatado pela Secretária Estadual de Saúde de Pernambuco (CES/PE) para assumir o HRA, também se comenta que o processo de transição de cargo já iniciou, inclusive já houve reunião com os atuais gerentes da unidade.
O Dr. Giovane, como é conhecido, fez parte da gestão do HRA quando o médico Antônio Vieira da Rocha foi diretor (De 31/01/2007 a 01/10/2009), na época os mesmos problemas enfrentados na gestão atual, também fizeram parte da administração do Vieira.
A pergunta que não quer calar: Caso o Giovane assuma a direção do HRA, ele manterá a mesma equipe gerente do Bezerra que ocupam os cargos há anos? Ou fará uma nova equipe de trabalho? Se ele mantiver os mesmos atores nos atuais cargos de chefia, será o mesmo que trocar seis por meia dúzia, pois a eternização no poder vicia a gestão e atrofia a administração, pois não tem o que cobrar de um pessoal que já vem de uma gestão desgastada.
Os servidores do HRA estão no aguarde para saberem se realmente haverá mudança ou será apenas a continuidade das lambanças marca de uma gestão que muitos farão de tudo para esquecer o quanto antes.
Fonte: A Hora da Renovação

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

HRA - Diretor geral é demitido depois de uma reunião no Palácio do Campo das Princesas



Crise na saúde estadual aumenta e culmina com demissão do odontólogo José Bezerra Alves. Ele foi demitido da direção do Hospital Regional do Agreste no final desta tarde. Ele teria sido convocado para uma reunião no Palácio do Campo das Princesas quando recebeu à notícia.
Bastante experiente na gestão pública ligada à saúde, José Bodocó como é conhecido tem uma leva de serviços prestados à saúde pública em Caruaru e no Estado. Já dirigiu à IV Gerência Regional de Saúde, foi o diretor que inaugurou o Hospital Regional do Agreste na gestão do ex-governador Miguel Arraes.
Na primeira gestão de Eduardo Campos José Bezerra foi convocado pelo socialista para dirigir o Hospital da Restauração, a maior emergência médica do Nordeste. Lá ele fez um excelente trabalho quando a saúde estadual passou pelo processo de reestruturação. Nossa reportagem tentou ouvi-lo, mas não tivemos êxito.
Fonte: Blog do Wagner Gil

sábado, 19 de setembro de 2015

SUS - 19 de setembro, 25 anos da Lei Orgânica da Saúde (Lei 8.080/90)



Antes da criação do Sistema Único de Saúde (SUS), a população brasileira sofria para ter assistência médico-hospitalar, apenas os trabalhadores com carteira assinada tinha direito ao acesso a essa assistência através do extinto Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS). O governo federal, por sua vez, atuava apenas nas atividades de promoção a saúde e prevenção de doenças, isso era realizado em caráter universal, como em campanhas educativas e vacinações, a assistência à população se limitava a poucas doenças e só atendia a quem não tinha o benefício do Instituto.
Em meados dos anos 70 o Brasil passou por uma crise que comprometeu o financiamento da previdência social com reflexo direto no INAMPS, levando a Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados a promover o I Simpósio sobre Política Nacional de Saúde, que contou com participação de muitos dos integrantes dos movimentos sociais, onde surgiram as primeiras propostas para mudança da assistência a saúde oferecida a população, tendo como um dos pontos, a universalização progressiva do atendimento.
Em 1986, com a abertura política consolidada e com um governo civil no poder, foi convocada a 8ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), que pela primeira vez desde sua primeira edição, contou com a participação da sociedade, além disso, foi de extrema importância a propagação do movimento da Reforma Sanitária para a criação e implantação do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS), um convênio entre o INAMPS e os governos estaduais, formando assim as bases para inclusão da saúde na Carta Magna.
A Constituição de 1988 foi um marco na história da sociedade brasileira, principalmente para a saúde pública que definiu a SAÚDE como "direito de todos e dever do Estado".
A implantação do SUS foi realizada de forma gradual: primeiro veio o SUDS; depois, a incorporação do INAMPS ao Ministério da Saúde (Decreto nº 99.060, de 7 de março de 1990); e por fim a Lei Orgânica da Saúde (Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990) fundou o SUS. Em poucos meses foi lançada a Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, que imprimiu ao SUS uma de suas principais características: o controle social, ou seja, a participação dos usuários (população) na gestão do serviço. O INAMPS só foi extinto em 27 de julho de 1993 pela Lei nº 8.689.
O SUS traz em si grande complexidade pelo fato de ser um sistema que deve garantir o direito à saúde e à vida, sendo dirigido pelos entes federativos, com financiamento tripartite e gestão participativa (democracia participativa), sendo considerado a maior política pública inclusiva por se destinar ao atendimento de mais de 200 milhões de pessoas.
Contudo, o SUS tem sido uma fortaleza formal, mas dotado de muita fragilidade real pelo fato de a Lei não ter sido cumprida na sua integralidade, principalmente por nunca ter sido a lei regulamentada com explicitação de seus conceitos, diretrizes e princípios para que o agir administrativo possa se guiar por idéias-forças mantendo, assim, a unicidade conceitual do SUS.
O decreto que ora a regulamenta – Decreto 7.508, de 28 de junho de 2011 – tem o importante papel de regular a estrutura organizativa do SUS nos seus detalhes, tão necessários para a sua consolidação e melhoria permanente da sua gestão.
A regulamentação visa a transparência da sua estrutura organizativa com a finalidade de garantir maior segurança jurídica na fixação das responsabilidades dos entes federativos para que o cidadão possa, de fato, conhecer, em detalhes, as ações e os serviços de saúde ofertados nas regiões de saúde, em suas redes assistenciais.
É precisa que a gestão do SUS seja transparente, deixando às claras quais os serviços, as ações de saúde, as responsabilidades, as atribuições, os recursos financeiros que garantirão a efetividade do direito à saúde do cidadão nas redes assistenciais, permitindo, assim, à população o exercício da democracia participativa, princípio constitucional do SUS.
Parabéns a todos nós trabalhadores, gestores e usuários SUS, que apesar das inúmeras dificuldades por má gestão, ele ainda é o melhor plano de saúde do mundo, com mais de mais de 5,8 mil hospitais com mais de 440 mil leitos, 4,1 bilhões de procedimentos ambulatoriais, 1,4 bilhões de consultas médicas, 11,5 milhões de internações, 19 milhões de procedimento oncológicos, 3,1 milhões de procedimentos radioterápicos e 98% do mercado de vacinas é movimentado pelo Sistema. Esses números comprovam a grandeza do SUS.
*Com informações da Biblioteca Virtual e Saúde
Fonte: A Hora da Renovação