segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

HRA Caruaru - Acompanhantes de pacientes denunciam falta de médicos ao MPPE



No Hospital Regional do Agreste (HRA), nove pessoas estão há quase um mês à espera de cirurgias, mas os procedimentos são remarcados por falta de médicos anestesistas. Os acompanhantes dos pacientes foram nesta segunda-feira (2) ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), localizado em Caruaru, no Agreste pernambucano, para denunciar a situação da unidade.
O caso foi mostrado pela segunda vez no ABTV 2ª Edição. Quando a primeira reportagem foi exibida, no sábado (30), o diretor-médico do HRA, Carlos Laerson, informou que estariam trabalhando apenas dois anestesistas. Ainda de acordo com o diretor, a Cooperativa dos Médicos Anestesistas do Interior de Pernambuco não estaria cumprindo o compromisso firmado para que a instituição supra a necessidade do hospital, que seria de quatro médicos anestesistas.
No ABTV 2ª Edição desta segunda, o presidente da Cooperativa, Francisco Salviano, afirmou que o HRA não teria solicitado profissionais. “O procedimento normal seria da seguinte maneira: mandar o número de cirurgias que iria haver, para a gente providenciar os profissionais”, disse Salviano.
Em nota, a assessoria de imprensa do HRA reafirmou a necessidade de quatro médicos anestesistas. “No entanto, a cooperativa não está cumprindo o contrato, liberando apenas dois profissionais para o HRA. Vale salientar que o Hospital Regional já está notificando a Coopagreste sobre esse fato”, comunicou.
O Ministério Público de Pernambuco ainda não se pronunciou sobre a situação.
Entenda o caso
Pres. da Cooperativa, afirmou que o HRA 
não teria solicitado mais profissionais.
O Hospital Regional do Agreste (HRA) está há dois fins de semana sem a quantidade suficiente de anestesistas, segundo Carlos Laerson, diretor-médico da unidade. Nesses plantões, trabalham apenas dois anestesistas para atender às urgências. Pessoas estão internadas há quase um mês, dependendo desses profissionais.
Alguns dos pacientes têm cálculos e outros têm tumores nas vias biliares, importantes para o funcionamento de órgãos como o fígado. “Faz 20 dias que estou com minha mãe aqui, ela é de idade, 80 anos, e sem fazer o procedimento, que já foi marcado três vezes”, conta a costureira Mônica Gonzaga.
Dentre os nove pacientes à espera dos profissionais, está a mãe da agricultora Eliane Maria da Silva. Ela tem uma indicação de cirurgia imediata prescrita por um médico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA). “A gente vai fazer o quê? Não tem condições de fazer cirurgia paga e espera pelo governo e nada. O médico está fazendo a parte dele, está vindo. Já foi adiada a cirurgia quatro vezes com essa”, afirma.
De acordo, com o médico endoscopista Guilherme Canejo, responsável pelas cirurgias, os pacientes correm sérios riscos. “Eles podem desenvolver, posteriormente, infecções gravíssimas e outras complicações como infecções nos órgãos adjacentes. No pâncreas, por exemplo, levando a situações graves como uma pancreatite aguda”, explicou.
Fonte: G1 Caruaru

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