quarta-feira, 14 de outubro de 2015

HRA - A farsa das chefias já dura 100 dias

A direção Geral do Hospital Regional do Agreste (HRA), gestão que está com os seus dias contatos, pois o atual diretor, o odontólogo José Alves Bezerra, já recebeu da Secretaria Estadual de Saúde (SES/PE) o comunicado de sua exoneração que poderá ser oficializado ainda essa semana, vem mantendo a farsa das chefias.
No dia 16 de julho deste ano foi publicado no diário Oficial do Estado (DOE/PE) a exoneração do enfermeiro José Rogério da Silva do cargo de Superintendente de Enfermagem e para substitui-lo o governador nomeou a enfermeira Maria Gorete do Nascimento da Silva, servidora de carreira do quadro da SES/PE lotada no HRA. No mesmo ato, o Assessor Técnico de Gerência de Engenharia Manutenção do HRA, Thiago Emanoel da Silva, também foi exonerado e no seu lugar foi nomeado o enfermeiro Rodrigo Bezerra Pires, ele também é servidor de carreira do quadro da SES/PE e como a colega, e também lotado na citada unidade de saúde.
A farsa começou quando o Bodocó, convenceu a Gorete a rejeitar informalmente a sua nomeação para o exercício do cargo, o gestor pediu que a enfermeira passasse o cargo para o Rodrigo, que havia sido nomeado para assumir a manutenção do hospital, com a manobra pouco convencional aceita, ela assumiu a manutenção. Vale lembrar que a superintendente nomeada, era a preferida dos profissionais de enfermagem para assumir a coordenação, mas para a frustração dos seus defensores, a enfermeira Gorete, deu as costas para a categoria e abraçou a gestão que tanto perseguiu seus colegas.
Segundo informações de bastidores, a direção do HRA justificou a farsa como sendo necessária, mesmo contrariando a vontade do governador, mas que a situação seria provisória e que em 30 dias seria publicado a regulamentação da manobra feita no gabinete do Bodocó. Porém, já chegamos ao 100º dia e a farsa continua.
O mais grave nessa farsa institucionalizada pelo Bezerra, não foi o ato do governador que foi desrespeitado, mas sua conivência em nomear um servidor para assumir cargo de dedicação exclusiva, pois o Rodrigo é servidor efetivo da Universidade Federal de Pernambuco e lotado no Hospital das Clínicas (HC/UFPE), com a nomeação o Governo do Estado legaliza a acumulação ilícita de cargo público, pois “Os cargos e funções de chefia, direção e assessoramento, no âmbito do SUSsó poderão ser exercidas em regime de tempo integral”. (art. 28 Lei 8.080/90)
Acredita-se que o novo gestor do HRA, ao assumir, não permitirá a continuidade desta farsa, pois isso pode não perecer, mas é corrupção institucionalizada.

Fonte: Ufalsindical

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