O
odontólogo José Bezerra, atual diretor do Hospital Regional do Agreste (HRA), que
fica há 150 quilômetros da capital pernambucana, está aproveitando os últimos
dias que lhe restam, à frente da unidade, para se despedir dos profissionais,
agradecendo pela colaboração deles ao longo desses quase cinco anos que esteve
comandando a maior emergência em traumas do interior.
Há
uma expectativa em torno do possível nome que irá substituir o Bezerra, o mais contado ainda é o membro do Conselho de Medicina
de Pernambuco (CREMEPE), Giovani Thiago Cardoso de Souza, cirurgião vascular.
Segundo informações de bastidores, o Dr. Giovane, como é conhecido, tem
conversado com algumas pessoas, inclusive com os ocupantes dos cargos de
chefia, com o objetivo de se inteirar dos desafios que terá de enfrentar, caso
seu nome seja confirmado como novo diretor geral do HRA.
Comenta-se que o conselheiro do CREMEPE assumirá a gestão no
próximo dia 15 outubro, mas só após a publicação da exoneração do Bodocó e a
nomeação do novo gestor.
Muito se pergunta sobre qual será a política de gestão que
será implantada pelo Giovane, como também, qual a postura que ele adotará
diante das inúmeras irregularidades institucionalizada no HRA, a começar pelos
contratos verbais de profissionais de diversas categorias da saúde, os chamados
empenhos.
São poucos os que acreditam em mudanças, pois os vícios
existentes no hospital são crônicos e de difícil solução. A falta de
compromisso com a instituição é um deles, pois muitos profissionais sacrificam
seus horário de trabalho na unidade para priorizar um outro emprego na rede
privada, deixando de cumprir sua jornada de trabalho estabelecido por lei. Não
são poucos que chegam tarde e saem cedo, simplesmente porque não podem
comprometer o outro serviço.
Também existe aquele profissional que está de plantão na
unidade, mas ao mesmo tempo está atendendo no seu consultório ou em outro
hospital, ou seja, fraudando o erário público e colaborando para a superlotação
na unidade, pois muitos dos pacientes se acumulam nos corredores do HRA por
falta de atendimento do profissional especializado, que ao invés de prestar
assistência aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), preferem os pacientes
que possam pagar pela consulta.
Serão muitos os desafios que o novo gestor terá de enfrentar
para implantar as mudanças sem criar conflitos de interesses, principalmente
com profissionais da área médica.
Vamos
aguardar os acontecimentos, mas certos de que toda mudança se cria uma
expectativa, pois o novo, o desconhecido, menor que seja, tira o indivíduo da
zona de conforto em que estava acostumado. Mudar é preciso.
Fonte: A Hora da
Renovação
Observem isto e aprendam. http://acertodecontas.blog.br/atualidades/para-receber-recursos-do-sus-imip-fez-quimioterapia-em-gente-morta/
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