O
governo desistiu de ampliar os cursos de Medicina de seis para oito anos,
conforme previsto na Medida Provisória dos Mais Médicos, que tinha sido alvo de
críticas, e vai apoiar agora a proposta trazida à mesa por uma comissão de
especialistas para que os dois anos adicionais se transformem em residência
médica. "(A diretriz é que) após a formação do médico na graduação, em
seis anos, a residência médica assegure essa vivência na urgência e emergência
e na atenção primária", disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante,
após participar de uma reunião com o titular da Saúde, Alexandre Padilha, e
representantes de faculdades de Medicina federais do País, em Brasília.
Mercadante defende
que a Medida Provisória 621, que trata do Mais Médicos e tramita no Congresso,
já previa a possibilidade de que os dois anos adicionais se convertessem em
residência médica. O Conselho Nacional de Educação (CNE) também deverá propor
novas diretrizes para os cursos de Medicina a partir das modificações
estabelecidas pela MP.
O ministro disse
ainda que, pela posição do governo, toda a residência médica deverá ocorrer no
Sistema Único de Saúde. Além disso, o primeiro ano da residência terá foco na
atenção básica e na urgência e na emergência, já com orientação na
especialidade que o formado queira adotar. "Toda a residência será no SUS.
No primeiro ano da pediatria, (ele) vai fazer (a residência em) atenção básica,
já orientada para a especialização como pediatra".
Fonte: Estadão
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