HRA - Funcionários desviados de função fazem o trabalho de maqueiro sem o devido treinamento

Desde a última segunda-feira (19/12), o Hospital Regional do Agreste (HRA), vive seu inferno astral. Além da superlotação, onde os pacientes estão sendo abandonados nos corredores da unidade, agora o hospital está sem maqueiros por falta de pagamento.

Segundo informações de bastidores, a empresa que estes trabalhadores eram vinculados, perdeu a última licitação para prestar esse tipo de serviço ao Estado, consequentemente, os maqueiros ficaram sem o emprego. Mas, com a promessa verbal da direção geral que outra empresa iria atuar no setor e absorveria a mão de obra ociosa, os funcionários decidiram continuar as atividades sem salários, enquanto a burocracia seguia seu ritmo normal.

Depois de tudo encaminhado com a nova empresa, os maqueiros receberam a informação que eles não seriam mais contratados, pois a empresa que iria contratá-los desistiu do contrato com Estado. 

Três meses se passaram sem os maqueiros receberem seus salários e sem vínculo empregatício, prestando serviço gratuito ao HRA sob a promessa que seriam pagos com o dinheiro da Autorização de internação hospitalar (AIH), recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) para manutenção e pagamento de pessoal.

Com a promessa descumprida, os maqueiros se reuniram na manhã de ontem e decidiram paralisar suas atividades, mas antes, sentaram com a direção geral do hospital para cobrarem o cumprimento da promessa, mais uma vez saíram com mais outra promessa, que iam receber, mas não se sabem quando.

Sem maqueiros, a solução encontrada pela direção foi desviar funcionários do setor de manutenção para suprir a ausência dos trabalhadores do setor, com um agravante, os funcionários desviados de função, não têm treinamento para remover pacientes dos seus leitos e macas, diferentemente dos maqueiros que exerciam essa atividade, todos treinados e capacitados.

A falta de compromisso da gestão com esses trabalhadores é só mais uma das lambanças praticadas pela direção do HRA. Detalhe, os maqueiros de mentirinhas estão trabalhando vestidos com as roupas de uso exclusivo do centro cirúrgico da unidade, vestuário que é proibido pela própria direção de serem usados fora do setor.

Se essa foi a solução encontrada para resolver o problema, é lamentável, pois faltou planejamento estratégico da gestão, pois deveriam ter previsto o caos antes dele acontecer. Isso se chama incompetência.

Fonte: A Hora da Renovação