sexta-feira, 10 de julho de 2015

HRA - A atuação do MPPE em fazer valer a lei esbarra na falta de interesse político



Há duas semanas que imprensa caruaruense tem focado suas câmeras para o Hospital Regional do Agreste (HRA), pois tem sido constantes as denúncias sobre a situação precária no atendimento daquela unidade hospitalar, problemas que já podem ser considerados crônicos e de difícil solução.
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) tem sido acionado quase que rotineiramente, para que faça valer o direito constitucional dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), que buscam um atendimento digno e humanizado no HRA, não tem tido êxito. A atuação do titular da 4ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Caruaru, Dr. Paulo Augusto de Freitas Oliveira, que às vezes parece defender mais a gestão do que o cidadão, tem encontrado dificuldades na condução do processo negocial com a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES/PE).
A fala do citado promotor, quando entrevistado pela imprensa, é sempre a mesma, ele diz que tem conhecimento dos problemas existentes no HRA e que está monitorando. Quando questionado sobre a superlotação na unidade, o discurso é o mesmo do diretor geral, José Bezerra Alves, que diz: “São situações pontuais”.
Quem trabalha no hospital sabe mais do que ninguém que a unidade está sempre lotado e a culpa não é dos profissionais que atuam naquele nosocômio, nem tão pouco dos usuários que procuram o serviço, muitos deles vindo de outras cidades. O problema do HRA é a falta de vontade política de resolver o caos instalado há anos.
Não adianta o MPPE marcar audiência com os gestores da SES/PE para discutir os problemas e buscar soluções, quando na verdade esses encontros servem apenas para as autoridades trocarem cordialidades e nada de concreto acontece, por mais que os promotores se empenhem em busca de solucionar os problemas, até as liminares conseguidas na justiça são descumpridas sem nenhum constrangimento por parte do gestores, tamanha a certeza de que não serão punidos.
A sociedade já está cansada de tanto blá-blá-blá e nenhuma solução. O que ainda é preciso acontecer para que as autoridades constituídas tomem consciência de que a política de saúde do Estado está falida e que é preciso reinventá-la, pois se continuar como está, a tendência é piorar.
Fonte: A Hora da Renovação

Um comentário:

  1. http://caruarudireita.blogspot.com.br/2015/07/justica-recebe-seus-salarios-de-quem-e.html

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