Há duas
semanas que imprensa caruaruense tem focado suas câmeras para o Hospital
Regional do Agreste (HRA), pois tem sido constantes as denúncias sobre a
situação precária no atendimento daquela unidade hospitalar, problemas que já
podem ser considerados crônicos e de difícil solução.
O
Ministério Público de Pernambuco (MPPE) tem sido acionado quase que
rotineiramente, para que faça valer o direito constitucional dos usuários do Sistema
Único de Saúde (SUS), que buscam um atendimento digno e humanizado no HRA, não tem tido êxito. A atuação do titular da 4ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de
Caruaru, Dr. Paulo Augusto de Freitas Oliveira, que às vezes parece defender mais a gestão do que o cidadão, tem encontrado dificuldades na condução do processo negocial com a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES/PE).
A fala
do citado promotor, quando entrevistado pela imprensa, é sempre a mesma, ele diz
que tem conhecimento dos problemas existentes no HRA e que está monitorando. Quando
questionado sobre a superlotação na unidade, o discurso é o mesmo do diretor
geral, José Bezerra Alves, que diz: “São
situações pontuais”.
Quem
trabalha no hospital sabe mais do que ninguém que a unidade está sempre lotado e a
culpa não é dos profissionais que atuam naquele nosocômio, nem tão pouco dos
usuários que procuram o serviço, muitos deles vindo de outras cidades. O problema
do HRA é a falta de vontade política de resolver o caos instalado há anos.
Não
adianta o MPPE marcar audiência com os gestores da SES/PE para discutir os problemas e buscar soluções, quando na
verdade esses encontros servem apenas para as autoridades trocarem
cordialidades e nada de concreto acontece, por mais que os promotores se empenhem em busca de solucionar os problemas, até as liminares conseguidas na justiça são descumpridas sem nenhum constrangimento por parte do gestores, tamanha a
certeza de que não serão punidos.
A
sociedade já está cansada de tanto blá-blá-blá e nenhuma solução. O que ainda é
preciso acontecer para que as autoridades constituídas tomem consciência de
que a política de saúde do Estado está falida e que é preciso reinventá-la,
pois se continuar como está, a tendência é piorar.
Fonte: A Hora da Renovação
http://caruarudireita.blogspot.com.br/2015/07/justica-recebe-seus-salarios-de-quem-e.html
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