sexta-feira, 3 de julho de 2015

HRA - Diretor afirma que serviços estão comprometidos e que é um problema do Governo do Estado



Na última quinta-feira (2/7) a imprensa divulgou um áudio onde o José Bezerra, diretor geral do Hospital Regional do Agreste (HRA), maior emergência do interior de pernambucano, declarou que o Governo do Estado está cortando verbas da instituição e que a medida é para conter gastos.
O Bodocó, como é chamado o diretor, também afirmou que está cumprindo uma determinação superior para reduzir os plantões extras. São medidas para economizar e citou como exemplo a verba destinada para abastecer o carro da diretoria, segundo o gestor, o valor repassado era de R$ 1.400 e agora é de R$ 500.
Ainda no áudio, o Bezerra afirmou que a contenção de despesas é decisão de governo e que a situação não se restringe ao HRA, está acontecendo em todo Estado. Ele ainda revelou que a limpeza e a parte administrativa da instituição está comprometida, na farmácia não tem mais funcionários, ou seja, em meio a esse caos quem ficou está trabalhado por dois e se continuar assim o hospital vai fechar, pois ele não tem o que fazer, é problema do Governo do Estado.
Há anos que esse problema vem arrastando no HRA sob conhecimento dos órgãos fiscalizadores de classes e do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que em várias audiência  públicas tenta esclarecer a população que está em busca de solução, mas a cada dia os problemas no hospital aumentam.
Numa reunião realizada no dia 29 de maio, no auditório do HRA, o titular da 4ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Caruaru, o Dr. Paulo Augusto de Freitas Oliveira, reunião que contou com a presença do Dr. Édipo Soares, Promotor de Justiça do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Proteção à Saúde Pública (CAOP), o Promotor fez duras críticas aos profissionais do hospital e atribuiu a maioria dos problemas do nosocômio a falta de compromisso deles.
Os problemas que foram discutidos naquela ocasião continuam sem solução, inclusive a contratação de pessoal através de empenho, ou seja, de forma verbal, descumprindo a decisão do juiz de direito, Dr. José Fernando Santos de Souza, que atendendo, liminarmente ao pedido da promotoria na Ação Civil Pública (ACP), determinou através do governador e secretários de Administração e da Saúde, bem como o diretor do HRA, que se abstenha, imediatamente, de contratar verbalmente prestadores de serviço, arregimentados mediante pagamento de empenho ou plantão extra, em substituição a médicos e servidores de apoio. A prática continua e se intensificou em alguns setores, enquanto em outros a situação é de abandono.
Clique AQUI e confira a fala do diretor.
Comentários do Roberto Marinho
O que eu tenho visto na gestão do nobre diretor Bodocó, é uma série de erros administrativos sem precedentes, nunca vi uma direção tão sem direção, como também nunca vi tanta gente incompetente numa só gestão.
É lamentável que Caruaru e região tenha que depender de um hospital que, apesar dos grandes investimentos em reformas para ampliação, continua apresentando a mesma precariedade no atendimento. Estou cansado de tanta conversa fiada de autoridades que se utilizam da imprensa para dizerem que estão atuando no combate a essas aberrações e nada acontece. Tudo isso é uma vergonha!
Se a promotoria acionou o judiciário para obter a solução dos problemas do HRA e a determinação da justiça está sendo descumprida e ninguém é punido, então a quem a população que necessita da prestação de serviços oferecidos pelo hospital deve recorrer?
Está na hora dos ilustres doutores da lei deixarem o corporativismo de lado e fazer cumprir a lei, pois a conivência diante desse caos só nos faz acreditar que a justiça só funciona para pobre, preto e puta.
Fonte: Roberto Marinho

Um comentário:

  1. http://caruarudireita.blogspot.com.br/2015/07/hra-hospital-regional-do-agreste.html
    Pacientes e acompanhantes no chão
    Demissão de funcionários.
    Falta de combustíveis.
    Falta de soro anti-tetânico
    Falta de profissionais.
    Falta de ética.


    Argumento da direção: recebo pouco e houve cortes de verbas. Segue as ordens, não importa o que acarrete à população.
    Ou seja, segue o mesmo princípios dos oficiais de Hitler, sigo ordens, não importa o que os outros sofram.
    Ninguém é obrigado a seguir ordens, a não ser que concorde com elas. Ponerologia de fato.

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