O Ministério Público de Pernambuco (MPPE),
por intermédio da Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Caruaru,
recomendou aos Hospitais Regional do Agreste (HRA) e Mestre Vitalino (HMV) a
adoção de melhorias estruturais e na gestão de pessoas.
Em relação ao HMV, o Ministério Público
recomendou à direção do hospital que adote providências quanto à livre
circulação de pacientes na unidade de saúde, objetivando que o estabelecimento
de saúde autorize o acompanhamento, por familiar ou responsável legal indicado,
de todos os pacientes oncológicos internados no HMV haja vista o próprio perfil
do paciente que é encaminhado para o hospital.
As medidas foram adotadas com base em
relatos de situações vividas por pacientes e comprovadas pelo próprio promotor
de Justiça Paulo Augusto Oliveira. Segundo o que foi constatado pelo MPPE, o
portão principal de acesso à unidade de saúde fica permanentemente fechado;
além disso, a equipe de segurança realizaria abordagens intimidatórias aos
cidadãos, questionando pacientes e acompanhantes no intuito de identificar se
os casos apresentados eram ou não de emergência.
Quanto às internações, a direção do HMV
informou que o centro hospitalar observa as regras dos SUS e da legislação
pertinente acerca da obrigatoriedade de acompanhamentos dos pacientes menores
de 18 anos, maiores de 60 e pessoas com deficiência. De acordo com o
declarante, são fornecidos a esses acompanhantes três refeições por dia, lençol
e cobertor e, em alguns casos, é liberado o banho.
Em casos de pacientes que estão limitados à
cama, com problemas oncológicos ou neurológicos que os impeçam de ter
mobilidade e fazer suas necessidades fisiológicas sem depender de outras
pessoas, a unidade de saúde informou que a autorização da permanência de um
acompanhante só é concedida após recomendação médica e do setor de assistência
social.
A direção da referida unidade de saúde terá
dez dias para informar ao Ministério Público se as providências foram
formalmente adotadas.
HRA – No caso do HRA, já tramita na
Promotoria de Justiça de Caruaru um inquérito civil aberto para o monitoramento
permanente das ações desenvolvidas no centro hospitalar. Paulo Augusto Oliveira
destaca que o MPPE apurou a ocorrência de irregularidades praticadas por
servidores do hospital que comprometem o controle e gestão administrativa da
unidade.
“Foram constatados atos de natureza
delituosa, praticados por médicos, que impeliram o MPPE a recomendar à
Secretaria Estadual de Saúde que adote, na esfera de suas atribuições e em até
30 dias, todas as providências de urgência que o caso requer para intervir
efetivamente no controle e aprimoramento de gestão do HRA”, detalhou o
promotor.
Fonte: Blog
do Mário Flávio
Nenhum comentário:
Postar um comentário