sábado, 13 de abril de 2013

Ministério Público de Pernambuco finaliza greve dos servidores da saúde do Município de Vicência/PE

Depois de 62 dias de paralisação, a greve dos servidores do Município de Vicência/PE, lotados na saúde, chegou ao seu final na quinta- feira (11), depois que o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) decidiu intervir para que grevistas e prefeitura chegassem a um acordo.
A categoria reivindicava o pagamento de gratificação, implantação do PCC, insalubridade e melhores condições de trabalho.
A Dra. Fabiana Kiuska Seabra dos Santos, Promotora de Justiça de Pernambuco, preocupada com o atendimento precário da população, convocou as partes envolvidas no processo, (Prefeito Paulo Tadeu Guedes e o Sindsaúde) para fecharem um acordo para pôr o fim a greve.
Em Audiência Pública a Promotoria, no seu posicionamento, deixou claro que entendia o pleito dos servidores, mas a população não poderia ser penalizada, nem tão pouco, a prefeitura, que vem perdendo arrecadação com a paralisação, pois sem atendimento os programas de saúde ficam comprometidos e o município corre o risco do Ministério da Saúde descredenciar esses programas.
Na sessão estiveram presentes os representantes da Câmara de Vereadores do Município, o Secretário de Saúde, Dr. Carlos Ramiro  e o Procurador do Município, Dr. Lindon Jhonson.
O Dr. Gilberto Fernandes Silva de Abreu, também acompanhou a Audiência como representante da área médica do Ministério Público, que serviu de mediador em alguns momentos.
O Presidente do Sindsaúde, na sua fala, afirmou que a unidade de saúde do município era semelhante a um CEMITÉRIO, e que os servidores estão pedindo dinheiro emprestado para comprar comida, ele também falou que a greve seguia os parâmetros legais e classificou como "arbitrária, inconsequente e desafiadora" a atitude do prefeito, em cortar os salários dos grevistas.
Em resposta a fala do sindicalista, o Dr. Lindon Jhonson pediu que o representante do sindicato não se referisse à unidade mista como CEMITÉRIO, o mesmo pedido foi feito pelo Prefeito que argumentou que em sua administração tem procurado melhorar na área de saúde. Quanto ao Plano de Cargo a Carreiras (PCC) enfatizou que o município não teria condições financeiras para implantá-lo, alegando que já chegou ao limite teto constitucional, ainda afirmou que o setor da saúde tem um déficit de 70 mil reais.
O Presidente do Sindsaúde, Assis Tiago, no seu estilo agressivo, promoveu, em alguns momentos, um bate boca com o Procurador Dr. Lindon Jhonson.
O sindicalista, na sua fúria colérica, de forma desrespeitosa, tentou desqualificar os argumentos apresentados pelo chefe do poder executivo municipal, a situação teria se agravado se a promotora não tivesse agido de forma impositiva pedindo que os envolvidos acalmassem os ânimos e apresentassem propostas que pudessem encerrar a greve. Depois de muito debate, finalmente foi apresentada uma proposta que foi consensuada.
Depois de apresentadas as propostas e aceitas por ambas as partes, a Dra. Fabiana Kiuska Seabra dos Santos lavrou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que logo em seguida foi assinado pelo Prefeito Paulo Tadeu Guedes e os envolvidos na negociação.
O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) contempla algumas das reivindicações dos grevistas. 
Segundo um dos grevistas que não quis se identificar, as propostas do TAC teria sido facilmente negociadas antes mesmo da greve, se não fosse a arrogância e a prepotência do representante do sindicato.
Clique AQUI e veja na íntegra quais foram as propostas que pôs o fim da greve.
Fonte: A Hora da Renovação 

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