A
Fundação Altino Ventura (FAV) responsável pelo gerenciamento do Hospital Mestre
Vitalino (HMV), em Caruaru, entregou o comanda da unidade ao Governo do Estado.
Segundo informações, a direção da Fundação decidiu romper com contrato de
gestão por falta de repasse das verbas destinadas à manutenção e pagamentos dos
mais de 700 funcionários.
Há um
clima de incerteza entre os profissionais que atuam na unidade, que foram
surpreendidos com o comunicado que estão demitidos e já começaram a cumprir
aviso prévio nesta segunda-feira (10).
A
Secretaria Estadual de Saúde (SES/PE) através do titular da pasta, Iran Costa,
emitiu nota esclarecendo que o Estado não repassa verbas para FAV há um mês,
mas a dívida será quitada nesta terça-feira (11). O Costa ainda garantiu que o
quadro de funcionários do HMV será mantido.
Segundo
informações da SES/PE, ela enviará uma equipe técnica a unidade para discutir
com a direção da FAV o processo de transição, que tudo indica ficará sob a
gerência do Estado enquanto outra Organização Social da Saúde (OSS) seja
contratada.
Em
nota, a FAV anunciou que manterá o atendimento normalizado no período mínimo de
30 dias, podendo ser prorrogado por mais tempo.
No
mês maio deste a Fundação Professor Martiniano Fernandes (IMIP Hospitalar), OSS
responsável pelas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Barra de Jangada,
Cabo de Santo Agostinho, Engenho Velho, Olinda, Paulista, São Lourenço da Mata,
Petrolina e Igarassu e Caruaru, demitiu centenas de funcionários destas
unidades, a FAV também demitiu no HMV, tudo para cumprir o Plano de
Contingenciamento de Gastos (PCG) - Decreto nº 41.466/2015.
A
crise econômica que assola o País, em especial Pernambuco, não é favorável para
o Estado manter a terceirização das unidades de saúde, pois elas dependem dos
recursos repassados as OSS.
Na
próxima quarta-feira (12), o Conselho Estadual de Saúde (CES/PE) terá uma
reunião na SES/PE para exigir o cancelamento de todos os contratos de gestão
com as organizações sociais que gerenciam mais de 30 serviços de saúde da rede
estadual, entre hospitais, UPAs e UPAEs. O colegiado desde o ano passado
deliberou o fim da terceirização, mas o governo resiste em não acatar a
decisão. A crise política instalada com a saída da FAV do HMV também servirá de
argumento para os conselheiros apresentarem o pedido de cumprimento da
deliberação.
Fonte: A Hora da
Renovação
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