terça-feira, 18 de agosto de 2015

Ministros da saúde são contra a cobrança no SUS



Cobrar à população por procedimentos realizados no SUS, uma das medidas da Agenda Brasil apresentada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, na terça-feira (11/08), tem a reprovação do ministro da Saúde, Arthur Chioro, e de outros que já estiveram no mesmo cargo, como Alexandre Padilha e José Gomes Temporão. Nas últimas 24 horas eles demonstraram preocupação com essa nova alternativa de financiamento do SUS, totalmente contrária aos princípios do sistema, que propõe tratamento universal e colocou fim na separação que existia antes, entre trabalhadores de carteira assinada e os considerados indigentes.
“Qualquer proposta que pense o financiamento do SUS, cobrando procedimentos realizados vai provocar uma profunda distorção” afirmou Padilha no debate Direito à saúde X Ofensiva conservadora, que lançou o  portal Saúde Popular, em São Paulo (SP). Chioro, em outra ocasião, considerou a proposta de cobrança totalmente inviável, pelos mesmos motivos, e Temporão disse ter tomado um susto, comparando a iniciativa a práticas da ditadura. A proposta é cobrar de acordo com a faixa de renda do cidadão.  “A ofensiva conservadora não é contra o PT. É contra o marco civilizatório e democrático construído nos anos 80″, afirmou Thiago Henrique, da Rede de Médicos e Médicas Populares, responsável pelo novo portal de notícias sobre saúde pública. https://saude-popular.org. Se os gestores são contrários a esse tipo de cobrança, imaginem os usuários, que pagam impostos e se deparam com o baixo controle do dinheiro usado no sistema de saúde.
Fonte: Jornal do Commercio

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