Chegou até a redação do blog uma denúncia sobre
as péssimas condições de instalação dos alojamentos dos profissionais do Hospital
Regional do Agreste (HRA), atendendo a demanda, fomos até a unidade para conferir e detectamos o descaso da administração para com os seus servidores.
Para quem acompanha os artigos publicados
aqui e acredita que o desrespeito seja apenas com os pacientes, ficará surpreso da forma como os profissionais do hospital são tratados pela gestão.
O que vimos é de impressionar qualquer um que acredita que trabalhar na maior emergência especializada em traumatologia e ortopedia do interior pernambucano, seja status.
As denúncias nos levaram até o alojamento dos condutores das viaturas (ambulâncias), o alojamento na verdade é uma sala que mede pouco mais que 2m² (dois metros quadrado), e tem três beliches com nove lugares, o local não possui banheiro, a higiene é feita numa torneira do lado de fora do alojamento,
banho só em casa. Quando se necessita de um sanitário a alternativa é se
aventurar nos vários setores do hospital, dependendo da necessidade, até mesmo os sanitários de uso do público e de pacientes, são utilizados, .
Constatamos também que estes profissionais utilizam como mictório, um espaço separado pelas paredes do alojamento dos mesmos e uma construção
abandonada, onde seria um novo alojamento, que. segundo a
administração, o hospital não tem recursos financeiros para concluir a obra, essa alegação foi apresentada pelo diretor geral, José Bezerra, na promotoria de justiça local, que também tomou conhecimento.
Outro caso de desrespeito da gestão da
unidade para com os profissionais é a falta de dormitório para os técnicos de
enfermagem. Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) que possui 20 leitos, dois
destes que são de isolamento, um destes foi desativado para servir de alojamento coletivo
dos técnicos e técnicas do setor.
O Conselho Gestor da HRA já apresentou o problema a gestão, mas a resposta é sempre a mesma, faltam recursos. O que não falta são as cobranças e os assédios a estes trabalhadores que deixam o
conforto dos seus lares para serem submetidos a essa situação vexatória, tem setores que o local para o repouso é sobre um colchão no chão.
A justificativa da gestão do hospital não
tem fundamento, pois a unidade recebeu no ano de 2013, segundo documento da
Secretaria de Estadual de Saúde (SES/PE), mais de R$ 73 milhões.
O blog procurou a presidente do Conselho
Gestor, Sílvia Viviane, para ter acesso a prestação de contas da unidade, ela
revelou que não tinha como passar essa
informação porque a falta de transparência da gestão é de impressionar.
Enquanto isso os servidores seguem sua
rotina, alimentando a esperança de dias melhores.
Fonte: A
hora da Renovação
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