sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

HRA - Infiltrações no teto da UTI resulta no fechamento de leitos

No ano de 2012, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), através da Promotoria de Defesa da Cidadania de Caruaru, recomendou a Secretaria Estadual de Pernambuco (SES/PE) que realizasse uma série de reformas no Hospital Regional do Agreste (HRA), como também, acabasse com a prática ilícita de contratação de trabalhadores de forma verbal, contrariando as normas da administração pública, como também, a legislação trabalhista.
Na época, o termo de autoria dos Promotores Geovany de Sá Leite e Frederico Santos de Oliveira, da 4ª Promotoria de Justiça local, listaram mais de 30 deficiências que, segundo documento, comprometia o atendimento à população.
Dentre as deficiências, a superlotação constante da unidade, a carência de profissionais de saúde, principalmente médicos, e o número insuficiente de leitos, como também, a falta de um atendimento humanizado aos pacientes e familiares, levaram os promotores a exigir providências urgentes para que os problemas fossem resolvidos de imediato.
Em nota a imprensa, a direção geral do HRA havia informado que a SES/PE estava se empenhando para resolver os problemas dentro dos prazos estipulados pelo Ministério Público e afirmou que as obras de reforma e ampliação do centro cirúrgico iria sanar as dificuldades referente as cirurgias, principalmente de ortopedia, que o tempo de espera para o procedimento seria reduzido.
Quatro anos da gestão do Bodocó já se passaram e os problemas continuam. A reforma do centro cirúrgico da unidade, que segundo a direção, reduziria o tempo de espera dos pacientes para cirurgia, não passou de discurso para justificar a sua inoperância. O tempo espera de paciente para ser operado, em alguns casos, chega em média há mais 90 dias.
Além da situação de vexatório que vivem os pacientes por causa da superlotação, muitos deles vivem amontoados pelos corredores e em salas improvisadas, transformadas em enfermarias, sem estrutura nenhuma para acomodá-los, pois não tem condicionador de ar e nem ventilação, nem tão pouco existe banheiro sanitário, sem falar que ficam juntos, paciente dos sexo feminino e masculino, uma verdadeira situação de abandono.
A sala de telemedicina, destinada à avaliação de eletrocardiogramas à distância, serviço contratado pelo HRA a uma empresa localizada no estado da Bahia, que segundo comentários, o valor pago a prestação deste serviço é estimado em R$ 400 mil reais mensal, simplesmente foi desativada e transformada em enfermaria. A telemedicina está funcionando atualmente em um dos consultórios médicos.
Outro descaso da gestão é, também, com o patrimônio, as enfermarias que seriam destinadas a receberem pacientes cirurgiados, algumas delas estão com seus leitos desativados por causa de várias infiltrações no teto, comprometendo a estrutura do física do prédio. O mesmo problema se repete na unidade de terapia intensiva (UTI) e centro cirúrgico. Na UTI, três dos 20 leitos, também estão desativados por causas de infiltrações e no centro cirúrgico, existem salas sem funcionar por causa do desabamento do teto.
Segundo informações do setor de manutenção da unidade, a colocação de telhas resolveria o problema, mas a direção, mesmo ciente dos riscos, ainda não sinalizou não demonstrou nenhum interesse em efetuar a compra do material.
No setor de raios x, o forro está sendo sustentado por presilhas de ferro galvanizado improvisada, há risco de desabamento, mas a gestão faz vista grossa para o problema.
Os servidores da unidade considera a situação caótica e avaliam a gestão do José Bezerra, como a pior de todos os tempos e em todos os sentidos.
Será que Bodocó ficará mais quatro anos a frente do hospital? Alguns dos trabalhadores falam em fazer seguro de vida, pois a qualquer momento poderá ocorrer uma fatalidade na unidade, graças ao descaso e a irresponsabilidade dos que dirigem o HRA.

Fonte: A Hora da Renovação

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