quinta-feira, 14 de março de 2013

VICÊNCIA - Greve sem fim


A greve dos servidores da saúde do Município de Vicência, que fica a 87 quilômetros do Recife, continua.
O movimento está sendo acompanhado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Seguridade Social no Estado de Pernambuco (SINDSAÚDE). Segundo informações, a estratégia de negociação utilizada pelo presidente da entidade é a mesma usada com o governo do Estado. 
Na última reunião que ocorreu com a administração para discutir o ponto da pauta de reivindicação, houve um pequeno avanço. O Secretário de Saúde, Dr. Ramiro se mostrou sensível as reivindicações da categoria, mas informou que a prefeitura não tinha como atender todo o pleito por falta de recursos, em outras palavras, o acordo assinado pelo gestor não tinha como ser cumprido. Ainda afirmou que iria manter a decisão inicial em relação gratificação SIS/SUS, mas se mostrou interessado em rever a produtividade, quanto a insalubridade, a administração reconheceu que é um direito legal dos servidores que exercem atividades que lhes garantam esse direito, e que seria um ponto que poderia acordado.
A Comissão de Negociação levou a mensagem da gestão aos servidores grevistas, que decidiram manter a paralização até que a prefeitura atenda suas reivindicações.
Os dias parados estão sendo descontados dos grevistas. Segundo informação, a Procuradoria do Município estuda a possibilidade de abrir Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar o abandono de emprego, pois tem servidores ausentes de suas atividades a mais de trinta dias, muitos servidores já retornaram ao trabalho. No caso dos servidores contratados, a demissão será inevitável.
O sindicato usa como estratégia, com o objetivo de pressionar o governo municipal, a tática de denunciar as irregularidades ao Ministério da Saúde (MS), Ministério Público Federal (MPF) e outros órgãos fiscalizadores, esperando que eles tomem as providências necessárias.
No site do Sindsaúde foi publicada uma matéria que fala sobre o tema, e como não poderia ser diferente, a publicação usa tons de ironias ao governador, vejamos o texto:
“Como nunca pagaram a produtividade e por não apresentarem o PCCVS, o sindicato tem mergulhado fundo nas contas de Vicência para encaminhar as irregularidades para a procuradoria e controladoria do estado (embora nada adiante, o partido é o mesmo do governador), assim como para o ministério da saúde, ministério público federal, para que tudo se esclareça”.
Em outro texto, o tom é de ameaça, caso a administração municipal não atenda as reivindicações impostas, vejamos:
“Estamos no aguarda de nova chamada do prefeito de Vicência, para discutirmos a embaraçosa situação da saúde do município. Caso isso não aconteça, estaremos realizando um movimento que marcará e mudará pra sempre a história de Vicência”.
O que esperar dessa negociação, se o sindicato, ao invés de contornar a situação de conflita, a instiga ainda mais?
Comentário do Roberto Marinho
É inadmissível que um líder sindical tenha um comportamento desse, em qual escola sindical ele aprendeu a ser tão desarticulador, tão desagregador.
A política do “ilustríssimo” presidente do Sindsaúde, eu comparo as dos ditadores: Adolf Hitler (nazismo) e Benito Mussolini (fascismo).
Não podemos permitir que esse tipo de gente esteja no comando de uma entidade séria que como o Sindsaúde, precisamos de pessoas responsáveis que tenha competência na condução do processo de negociação.
Chega de ameaças, chega agressões porque isso só coloca a categoria em rota de colisão com a administração, e no final, quem sai perdendo somos nós.
Eu não quero servir de massa de manobra de sindicalistazinho metido a dono do mundo, que acha que vai mudar nossa história com esse processo patético de negociação usado nas mesas de negociação por aí a fora.
Temos que mudar, temos que renovar.
Fonte: A Hora da Renovação

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