Depois de várias
tentativas de negociação, metroviários do Recife e governo federal não chegaram
a um acordo. Por isso, a categoria deverá deflagrar greve a partir da zero hora
desta sexta (14). A assembleia que decidirá os rumos do movimento será realizada
esta quinta (13) à noite, na Estação Central.
Nesta quarta (12),
integrantes do Sindicato dos Metroviários (Sindmetro-PE) passaram o dia inteiro
reunidos com representantes da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU),
mas não houve proposta de reajuste salarial que chegasse perto do que é solicitado:
6,49%, referente à inflação dos últimos 12 meses, mais um ganho real de
10%.
O metrô será o meio
de transporte mais utilizado para o acesso à Arena Pernambuco, em São Lourenço
da Mata, durante a Copa das Confederações. O primeiro jogo da competição no
Estado acontece no próximo domingo. Cerca de 200 mil pessoas utilizam o metrô
diariamente.
De acordo com o
Metrorec, a diretoria nacional da CBTU é que falará a respeito de um possível
“plano B” para garantir que o transporte funcione durante o próximo fim de
semana, mas essas estratégias só serão divulgadas caso seja confirmado o
movimento grevista a partir de amanhã.
Além do reajuste
salarial, a categoria, formada por 1,5 mil servidores em Pernambuco, pede a
implantação de abono para adicional noturno e periculosidade e ainda adoção de
plano de saúde.
A CBTU ofereceu
reajuste de 2,02%, caso seja mantida a hora extra de 100%, ou aumento de 4,7%
com redução do valor da hora extra para 50%. Também foi apresentado um plano de
demissão voluntária para metroviários aposentados que optaram por continuar
trabalhando.
“A proposta
oferecida pela CBTU é inviável. A hora extra é um ganho da categoria,
conquistado em 2012. Foi uma determinação do Ministério do Trabalho. E agora a
empresa sugere a redução. A categoria não aceitará e possivelmente teremos
greve”, sinalizou o diretor de comunicação do Sindmetro-PE, Levi Arruda.
O sindicalista
apontou, ainda, problemas como a superlotação do meio de transporte. “Ganhamos
novos usuários com a inauguração de terminais de integração com ônibus na
Região Metropolitana. Mas o quadro de metroviários não foi ampliado.
Funcionários estão sendo cada vez mais estimulados pela empresa a fazer horas
extras. Isso tem trazido consequências negativas tanto para o trabalhador como
para a empresa."
Fonte: JC Online
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