Falei, há pouco, com o governador Eduardo Campos (PSB) sobre a
reportagem da revista Veja, a qual informa que quatro agentes da ABIN haviam
sido presos sob a acusação de espionar a sua vida. Eduardo disse tratar-se do
mesmo episódio levantando pelo jornal o Estado de São Paulo, há 40 dias.
Nele, arapongas da ABIN teriam sido identificados no Porto de Suape na
semana em que havia ameaça de deflagração de uma greve nos portos. “Não li
ainda a matéria, mas pelo que soube o fato novo é que os quatro espiões foram
identificados e a revista traz o nome deles”, disse o governador.
Mas Eduardo, cauteloso, não quis fazer julgamentos precipitados e
conclusões açodadas. Para ele, esses agentes da ABIN podem até ter sido
contratados por uma empresa particular, com negócios e interesses em Suape.
“Espiões da ABIN também fazem serviços particulares. O Governo pode não ter
nenhuma ingerência sobre isso”, advertiu.
Para o governador, o que existe de fato é que quatro espiões da ABIN
entraram em território pernambucano sem autorização, num trabalho secreto, sem
que isso possa ter qualquer conotação política. “Não acredito, sinceramente,
que eles tinham vindo espionar a minha vida”, afirmou.
E acrescentou: “Minha vida é pública, todos os meus atos são públicos,
minha agenda é do conhecimento público todos os dias. O que faço é aberto,
transparente. Presto contas a sociedade da minha vida pública”.
Mesmo assim, o governador disse que vai se informar melhor para se
aprofundar no assunto, reiterando que está absolutamente tranquilo de que
dificilmente o Governo ou alguém a serviço do Governo esteja patrocinando
qualquer tipo de investigação em torno dos seus atos e da sua vida.
Fonte: Blog do Magno Martins
Nenhum comentário:
Postar um comentário