terça-feira, 25 de junho de 2013

Eventos convocam greve geral, mas sindicatos não confirmam participação

Enquanto milhares de manifestantes realizam as mobilizações em todo o Brasil reivindicando melhorias em diversas áreas, assim como para cobrar o fim da corrupção, novos atos continuam sendo convocados com a ajuda das redes sociais. Dentre estes, vários eventos foram criados no Facebook com o título: "Greve Geral - Vamos Mostrar quem manda nesse país", com o objetivo de realizar uma paralisação no dia 1º de julho, em diversos setores. Em uma referência ao filme "V de Vingança", cujo principal símbolo é utilizado pelo grupo "Anonymous", o texto do evento convoca a população para mostrar "que quem faz o país é o povo, e não os políticos".
Entre as reivindicações, estão listadas itens como o fim da corrupção, melhoria no transporte público e na mobilidade urbana, além de uma melhor saúde e educação, um salário mínimo decente, liberdade de expressão, entre outros. "Vamos parar o País. Se não for resolvida a questão, vamos ter que demitir cada vereador, deputado, senador, prefeito, governador e, caso necessário, a presidente", diz um trecho do texto.
Mesmo diante dos comunicados, que inclusive contam com um grande número de pessoas supostamente aderindo ao movimento, não existe nada confirmado entre as centrais sindicais. De acordo com Sérgio Goiana, tesoureiro da Central Única dos Trabalhadores em Pernambuco (CUT-PE), o assunto chegou a ser abordado durante uma reunião entre várias centrais, por parte de membros da Central Sindical e Popular - Coordenação Nacional de Lutas (CSP-Conlutas). "Nós da CUT não fizemos acordo e não iremos acampar com ela. Até porque teremos outra reunião nesta terça-feira (25) com outras centrais CTD, UGT, Nova Central e CGTB, para discutir a pauta para a audiência com a presidência da República", relatou.
Entre as prioridades da pauta que será levada para a presidente Dilma Rousseff, estão a PEC 232, que trata da redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais; o fim do fator previdenciário; além da luta pela aplicação de 10% do Produto Interno Bruto nas áreas de educação e saúde.
Por outro lado, representantes do CSP-Conlutas defendem que não estão chamando oficialmente para a paralisação do dia 1º. "Não estamos chamando a greve para o dia primeiro. O que está sendo feito é que estamos discutindo e trazendo o assunto para o debate", ressaltou. "O que está certo é que as centrais sindicais irão participar da organização das manifestações, marcadas para o dia 26. Mas não estamos descartando essas conversas com as outras centrais", disse Cláudia Ribeiro, membro da CSP-Conlutas em Pernambuco.

Fonte: Folha/PE

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