Enquanto milhares
de manifestantes realizam as mobilizações em todo o Brasil reivindicando
melhorias em diversas áreas, assim como para cobrar o fim da corrupção, novos
atos continuam sendo convocados com a ajuda das redes sociais. Dentre estes,
vários eventos foram criados no Facebook com o título: "Greve Geral -
Vamos Mostrar quem manda nesse país", com o objetivo de realizar uma
paralisação no dia 1º de julho, em diversos setores. Em uma referência ao filme
"V de Vingança", cujo principal símbolo é utilizado pelo grupo
"Anonymous", o texto do evento convoca a população para mostrar
"que quem faz o país é o povo, e não os políticos".
Entre as
reivindicações, estão listadas itens como o fim da corrupção, melhoria no
transporte público e na mobilidade urbana, além de uma melhor saúde e educação,
um salário mínimo decente, liberdade de expressão, entre outros. "Vamos
parar o País. Se não for resolvida a questão, vamos ter que demitir cada
vereador, deputado, senador, prefeito, governador e, caso necessário, a
presidente", diz um trecho do texto.
Mesmo diante dos
comunicados, que inclusive contam com um grande número de pessoas supostamente
aderindo ao movimento, não existe nada confirmado entre as centrais sindicais.
De acordo com Sérgio Goiana, tesoureiro da Central Única dos Trabalhadores em
Pernambuco (CUT-PE), o assunto chegou a ser abordado durante uma reunião entre
várias centrais, por parte de membros da Central Sindical e Popular -
Coordenação Nacional de Lutas (CSP-Conlutas). "Nós da CUT não fizemos
acordo e não iremos acampar com ela. Até porque teremos outra reunião nesta
terça-feira (25) com outras centrais CTD, UGT, Nova Central e CGTB, para
discutir a pauta para a audiência com a presidência da República", relatou.
Entre as
prioridades da pauta que será levada para a presidente Dilma Rousseff, estão a
PEC 232, que trata da redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas
semanais; o fim do fator previdenciário; além da luta pela aplicação de 10% do
Produto Interno Bruto nas áreas de educação e saúde.
Por outro lado,
representantes do CSP-Conlutas defendem que não estão chamando oficialmente
para a paralisação do dia 1º. "Não estamos chamando a greve para o dia
primeiro. O que está sendo feito é que estamos discutindo e trazendo o assunto
para o debate", ressaltou. "O que está certo é que as centrais
sindicais irão participar da organização das manifestações, marcadas para o dia
26. Mas não estamos descartando essas conversas com as outras centrais",
disse Cláudia Ribeiro, membro da CSP-Conlutas em Pernambuco.
Fonte: Folha/PE
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