Três horas sem
ônibus em meio ao protesto recifense de apoio às mobilizações nacionais.
Motoristas, cobradores e fiscais que apoiam a Oposição Rodoviária de Verdade -
CSP Conlutas irão realizar uma nova paralisação amanhã, das 16h às 19h, para
reinvindicar melhores condições de trabalho, aumento salarial e nova
presidência para o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário, que
representa oficialmente a categoria no estado e é responsável por participar
das rodadas de negociações com o patronado. Ontem, a primeira reunião de
negociação com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros no Estado
(Urbana-PE) foi realizada, mas sem acordo.
A
Oposição de Verdade, criada em 2012, não divulgou os locais onde haverá
paralisação. Na última sexta-feira, os rodoviários pararam por três horas,
durante a manhã, no Centro, e em alguns terminais. A expectativa é de que a
adesão seja de 80 a 90% da categoria, percentual estimado de pessoas que apoiam
a Oposição de Verdade. As principais reinvindicações na pauta são o aumento de
33% nos salários de motoristas e fiscais, o estabelecimento de piso de R$ 1,2
mil para cobradores e o acréscimo de R$ 140 no ticket alimentação - cujo valor
é de R$ 160. Atualmente, cobradores, motoristas e fiscais recebem,
respectivamente, R$ 690, R$ 1,5 mil e R$ 970.
O
grupo também pede novas eleições para a presidência do sindicato oficial da
categoria. “Precisamos pedir as atas em Brasília e identificamos que as
eleições de 2004 e 2009 não aconteceram. Iremos pedir interferência do
Ministério Público do Trabalho (MPT) para que haja um novo pleito e para que o
TAC proposto em setembro do ano passado seja assinado pelas empresas. O
sindicato não representa a nossa classe”, explicou a liderança dessa oposição,
o motorista Aldo Lima, que afirma ter sido demitido e readmitido na semana
passada. Segundo ele, as empresas tinham se comprometido a assinar o documento
depois de participarem da licitação do governo.
Eles
questionam ainda a cobrança mensal da contribuição confederativa. “Esperamos
que haja uma ação civil pública por parte do MPT, para que o presidente seja
afastado imediatamente”, comentou a advogada Noelia Brito. A atual diretoria do
sindicato foi procurada, mas não deu respostas. Em 2012, eles receberam aumento
de 7,5%. Ontem, eles fizerma uma mobilização em frente à Procuradoria Regional
do Trabalho.
Fonte: Diário de Pernambuco
Nenhum comentário:
Postar um comentário