A superlotação e
problemas de estrutura de três grandes maternidades de alto risco do SUS em
Pernambuco foram mais uma vez denunciados, na tarde desta segunda-feira (15),
pelo Conselho Regional de Medicina.
Equipes do Cremepe
visitaram na semana passada, de 9 a 12 de julho, os Hospitais Barão de Lucena e
Agamenon Magalhães, da rede estadual, além do Imip, filantrópico
conveniado ao sistema único. Nos três encontrarm parturientes em corredores,
sentadas em cadeiras e em macas particamente coladas umas às outras. Nos
serviços a lotação chegou a ser até duas vezes maior que a capacidade
instaladas.
No Barão a sala
cirúrgica estava sem o foco (de luz) principal. No HAM, a UCI 2 esáva sem
médico plantonista. No Imip, a UCI funcionava como UTI e havia mulheres
internadas na emergência obstétrica por mais de 48 horas, fato que não devria
existir, uma vez que se trata de um espaço para obervação.
“Quebra-se um
galho. É caótica a situação”, concluiu Roberto Tenório, dirigente do Cremepe
responsável pela fiscalização. O relatório do caos reforçou o tom da entrevista
coletiva convocada para manifestar, mais uma vez, insatisfação com a política
do governo federal, puxada pela Medida Proviória 621, lançada na semana passada
pela presidente Dilma.
O presidente e o
vice do Conselho Federal de Medicina, Roberto D’Ávila e Carlos Vital, estavam
presentes ao encontro com a mídia. “Vivenciamos um momento crítico e de
surdez coletiva do governo, que opta por medidas improvisadas”, criticou Vital.
D’Ávila questionou
o pré-teste do Revalida a ser aplicado a alguns estudantes de medicina
brasileiros ( na triagem faltaram as grandes univeridades formadoras, como USP
e UFRJ), a suposta improbidade administrativa do Ministério da Saúde, que
devolveu aos cofres do governo R$ 17,5 bilhões do orçamento do ano passado
quando o País tem um déficit de investimento no SUS, e disse que continuará
lutando por carreira única no SUS. O CFM espera, com medida judicial e do
Congresso, derrubar a importação de médicos sem avaliação prévia e outras
mudanças anunciadas na MP 621.
Nesta terça-feira
(16) médicos de todo o País farão manifestos contra o governo federal. Em
Pernambuco haverá protesto em Caruaru. Agora à noite, a categoria faz
assembleia para definir novas ações.
Fonte: JC Online
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