quarta-feira, 17 de julho de 2013

Enfermeira detida em protesto é liberada pela polícia

Foi liberada por volta das 19h desta quarta-feira (17), a enfermeira Carmela Alencar, 46 anos, detida na durante protesto realizado nesta tarde na Avenida Agamenom Magalhães, no Derby, área central do Recife. Um grupo de aproximadamente 40 profissionais reivindicava o cumprimento das 30 horas semanais de trabalho e piso salarial nacional, quando Carmela foi presa por policiais militares. 
O manifesto, organizado por técnicos e enfermeiros, reivindicava também abertura de concurso público. De acordo com Carmela, os PMs se dirigiram a ela na altura do Hospital da Restauração (HR) e pediram para encerrar o ato. “Eu, acompanhada dos colegas, recusei e falei que aquilo era um direito nosso e que íamos continuar, pois era um ato pacífico”, disse.
Segundo a enfermeira, em seguida os policiais a algemaram e a colocaram na viatura. “Não houve resistência da minha parte e não desrespeitei ninguém. Na viatura, fui agredida com pancadas na cabeça e xingada”, relatou. 
Ao chegar à delegacia, Carmela entrou em contato com os advogados, assinou termo circunstanciado de ocorrência (TCO) e foi liberada. De lá, seguiu para o Instituto de Medicina Legal (IML), onde passou por exames de corpo de delito.
“Vamos entrar com uma ação na Secretaria de Defesa Social (SDS) exigindo a punição dos policiais e do oficial responsável pela ação”, revelou. Ao sair do IML, a mulher seguiu para um hospital particular do Recife alegando estar com fortes dores de cabeça.
Segundo testemunhas, a enfermeira, que trabalha nos Hospitais da Restauração (HR) e do Exército, liderava o protesto nas mediações do HR, quando foi detida.
Os cerca de 40 enfermeiros que estavam na manifestação mudaram de rumo e seguiram para a Delegacia de Santo Amaro, onde a profissional foi levada. Eles se reuniram na frente da delegacia e pediram a liberação dela. As equipes jurídicas do Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE) e do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Pernambuco (Saeepe) estiveram no local para assessorar a profissional.

Fonte: JC Online

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