Foi
liberada por volta das 19h desta quarta-feira (17), a enfermeira Carmela Alencar,
46 anos, detida na durante protesto realizado nesta tarde na Avenida Agamenom
Magalhães, no Derby, área central do Recife. Um grupo de aproximadamente 40
profissionais reivindicava o cumprimento das 30 horas semanais de trabalho e
piso salarial nacional, quando Carmela foi presa por policiais militares.
O
manifesto, organizado por técnicos e enfermeiros, reivindicava também abertura
de concurso público. De acordo com Carmela, os PMs se dirigiram a ela na altura
do Hospital da Restauração (HR) e pediram para encerrar o ato. “Eu, acompanhada
dos colegas, recusei e falei que aquilo era um direito nosso e que íamos
continuar, pois era um ato pacífico”, disse.
Segundo a
enfermeira, em seguida os policiais a algemaram e a colocaram na viatura. “Não
houve resistência da minha parte e não desrespeitei ninguém. Na viatura, fui
agredida com pancadas na cabeça e xingada”, relatou.
Ao chegar à
delegacia, Carmela entrou em contato com os advogados, assinou termo
circunstanciado de ocorrência (TCO) e foi liberada. De lá, seguiu para o
Instituto de Medicina Legal (IML), onde passou por exames de corpo de delito.
“Vamos entrar com
uma ação na Secretaria de Defesa Social (SDS) exigindo a punição dos policiais
e do oficial responsável pela ação”, revelou. Ao sair do IML, a mulher seguiu
para um hospital particular do Recife alegando estar com fortes dores de
cabeça.
Segundo
testemunhas, a enfermeira, que trabalha nos Hospitais da Restauração (HR) e do
Exército, liderava o protesto nas mediações do HR, quando foi detida.
Os cerca de 40
enfermeiros que estavam na manifestação mudaram de rumo e seguiram para a
Delegacia de Santo Amaro, onde a profissional foi levada. Eles se reuniram na
frente da delegacia e pediram a liberação dela. As equipes jurídicas do
Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE) e do Sindicato dos
Enfermeiros do Estado de Pernambuco (Saeepe) estiveram no local para assessorar
a profissional.
Fonte: JC Online
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