A
Câmara Municipal de Caruaru realizou Audiência Pública na manhã desta
terça-feira (28) com foco na Saúde Pública. A audiência foi requerida pelo
vereador Ranilson Enfermeiro (PTB) e teve a participação de 19 dos 23
vereadores. A mesa dirigente dos trabalhos foi coordenada pelo vereador
Leonardo Chaves (PSD), presidente do Poder Legislativo, e contou com as
presenças da secretária municipal de saúde, Aparecida Souza, dos representantes
do Sindicato dos Médicos, Danilo Souza e Ana Carolina Oliveira, e do Conselho
Regional de Medicina, Giovani Thiago Cardoso, e do 1º secretário da Câmara –
vereador Gilberto de Dora (PSB).
Participaram ainda os
representantes da Sociedade de Medicina de Pernambuco – Regional Caruaru, Paulo
Maciel, João Montenegro – diretor do Hospital Cardiológico de Caruaru, José
Bezerra – diretor do Hospital Regional do Agreste e representantes de entidades
municipais ligadas à saúde e associações de moradores e de bairros de Caruaru.
O diretor regional do Simepe,
Danilo Souza, enfaticamente destacou na sua fala a deteriorização do
relacionamento com a Prefeitura de Caruaru, o atraso no pagamento do 13º da categoria
– gratificação de férias e questões ligadas à insalubridade e adicional
noturno, além de tecer comentários relativos à superlotação no HRA. O
representante da Sociedade de Medicina destacou a falta de médicos nas UPA’s,
UTI da Casa de Saúde Bom Jesus, a falta de estrutura da UPA e do HRA para
receber enfartados encaminhados pelo SAMU e a Sala Vermelha – sala de
estabilização do HRA. O diretor do HRA, José Bezerra, falou dos avanços da
atual gestão, da homologação de concurso público, recomposição de escalas
médicas e da construção do Hospital da Mulher e do Hospital Mestre Vitalino –
este que será a maior unidade hospitalar pública do interior do Estado.
Antecipando a greve de
advertência programada para esta quarta-feira (29), o diretor do HCC, João
Montenegro, abriu a sua fala contestando as colocações do representante da
Sociedade de Medicina e afirmando que está tudo bem no HCC e que “fazer greve
usando a população é covardia”. Os vereadores usaram a tribuna e abriram a
série de contestações e defesas da gestão municipal. O vereador Ranilson
Enfermeiro (PTB) denunciou uma série de deficiências nas áreas de competência
de gestão nas saúdes públicas do município e do Estado – e que estava cumprindo
a sua missão – inclusive em requerer a Audiência; Jajá (PPS) denunciou a falta
de infraestrutura do Hospital Manoel Afonso; Rozael do Divinópolis (PMN)
lembrou a falta de ambulâncias na zona rural; Eduardo Cantarelli (PSDB) falou
da falta de condições de trabalho dos médicos e total falta de infraestrutura
nas unidades médicas da rede municipal de saúde.
Lula Torrês (PR) questionou o
fato de vereadores passarem muito tempo calados e só agora perceberem falhas no
sistema de saúde e que questões partidárias não deveriam ser colocadas na pauta
da busca de soluções para os atuais problemas. Joseval Val (DEM) denunciou a
falta de “tudo” no Hospital Manoel Afonso; Val das Rendeiras pediu a limpeza do
trecho do Rio Ipojuca que corta o Bairro das Rendeiras e alertou sobre a volta
das muriçocas. Gilberto de Dora denunciou a falta de estrutura de hospitais da
rede particular e do péssimo atendimento dos planos de saúde, destacou a
melhoria no atendimento do HRA e a necessidade da união de todos na busca de
soluções para a saúde pública. O líder do governo, vereador Demóstenes Veras
(PSD) usou a tribuna e foi enfático ao afirmar que a questão da saúde pública
não poderia ser usada para embates políticos – questionou a postura da oposição
e disse que a situação real era bem diferente do que vem sendo alardeada pelos
vereadores oposicionistas.
A secretária de saúde do
município, Aparecida Souza – que chegou a se emocionar – explanou sobre as
dificuldades, a busca de soluções, a abertura do diálogo com os médicos e a
sociedade organizada – como acontece no Conselho Municipal de Saúde. “Estamos
no caminho certo, já estamos melhorando, mas as mudanças dependem de todos, na
busca das soluções” – frisou a secretária.
O presidente do Poder
Legislativo – vereador Leonardo Chaves (PSD) fechou a Audiência Pública
agradecendo as presenças, lastimando a ausência do Ministério Público e
frisando que a Câmara está – e vai continuar – cumprindo a sua missão: legislar
e fiscalizar as ações do Executivo, além de promover o bem público. Todas as
sugestões da Audiência Pública serão encaminhadas para os organismos
competentes.
Fonte: Câmara Caruaru
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