Os diretores do Sindupe, Givanildo Cândido, Édson Borba e Missilene
Trajano, se reuniram na manhã desta terça-feira, 28, com a diretora do Cisam, Fátima
Maia, para tratar sobre o pagamento da produtividade aos servidores da casa
emprestados a hospitais de Camaragibe, Recife e Olinda. Os profissionais
denunciam que cumprem a mesma carga horária dos trabalhadores efetivos das
unidades acolhedoras, mas não recebem nada pela produção.
Desde março, centenas de servidores do Cisam foram dispersos para
hospitais destes três municípios por causa da reforma na Maternidade da
Encruzilhada. Para a diretoria do Sindupe, todos deveriam estar recebendo a
produtividade paga por cada hospital pelo serviço prestado nos locais, mas isto
não está acontecendo. O resultado tem sido muitos prejuízos para os servidores.
Fátima Maia explicou que a única produtividade paga a estes
trabalhadores ainda é a do Cisam (um valor irrisório de R$ 29,00). “Até o
vale-transporte somos nós que estamos pagando. A situação destes servidores é
inaceitável, até porque eles estão se deslocando para lugares mais distantes de
suas moradias”, comentou. Fátima já levou o assunto para o Consun e pediu que
algo fosse feito em favor dos trabalhadores.
A Prefeitura de Camaragibe já enviou um ofício informando que não vai
efetuar o pagamento. O documento foi apresentado ao Sindupe. As Prefeituras do
Recife e Olinda informaram extraoficialmente que também não pagarão. O Governo
do Estado por sua vez disse que não tem condições de cobrir com estes custos,
segundo informou ainda Fátima Maia. “As Prefeituras não querem pagar aos nossos
servidores, mesmo estes tendo aumentado a produção nos três hospitais em mais
de 40%, conforme foi anunciado por João Veiga”, disse.
O Sindupe se comprometeu a procurar o superintendente do Complexo
Hospitalar, João Veiga, para pedir mais empenho em prol dos servidores.
“Queremos que seja apresentada uma solução e que alguém se responsabilize em
pagar os trabalhadores de forma justa pelas suas funções”, disse o diretor
Givanildo Cândido. Um ofício será encaminhado a João Veiga ainda nesta terça e
o assunto deve entrar na pauta da próxima reunião do Conselho Gestor da
Superintendência.
“Caso nenhuma medida seja tomada para repor os direitos dos
trabalhadores, vamos mobilizar. Convocar os servidores que estão nesta situação
e parar as atividades nos hospitais onde estão trabalhando”, reforçou Cândido.
Além de contarem com o apoio dos servidores do Cisam, os hospitais de
Olinda e Camaragibe ainda receberam equipamentos da maternidade para a
realização de procedimentos médicos e cirúrgicos. Uma sugestão do sindicato
para reparar a falta da produtividade seria a redução da jornada de trabalho
dos servidores emprestados.
Fonte: Sindupe
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