O
estrangulamento da rede de cardiologia do SUS em Pernambuco está fazendo
com que um paciente jovem, com menos de 40 anos, infartado, permaneça há quatro
dias “internado” numa UPA, esperando transferência para uma UTI.
O
caso foi denunciado na tarde desta terça-feira (28/5) pela Associação de Defesa
dos Usuários de Sistemas de Saúde (Aduseps), que conquistou medida favorável do
Ministério Público Estadual, mas ainda não conseguiu reverter a situação
do paciente. Nerivaldo Gonçalves de Melo, com 34 anos, já teve parada
cardiorrespiratória e está na UPA de Nova Descoberta. Unidade de Pronto
Atendimento não deve internar doente, serve apenas para que o paciente
permaneça em observação, não mais que um dia. Além disso, paciente em estado
grave deve ser removido para unidade especializada. Daí, a Aduseps ter
recorrido ao Ministério Público, reivindicando o direito à vida e à saúde, além
do cumprimento de regras do SUS.
Essa
não é a primeira vez que doentes graves permanecem em UPA aguardando
transferência. Já virou rotina. No Recife há três emergências cardiológicas.
Duas só recebem paciente encaminhado pela Central de Leitos: o Procape e o
Pelópidas Silveira, um dos novos hospitais metropolitanos, o primeiro de
neuro e cardiologia do SUS no País. O Agamenon Magalhães tem porta aberta, por
causa da emergência clínica, mas também vive sem vaga.
Fonte: JC Online
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